Tempos de masoquismo
Sondagens valem o que valem. Umas vezes acertam outras nem por isso. Mas a última sondagem da Universidade Católica sobre as eleições legislativas não deixa de ser preocupante. Em várias vertentes. Como se explica que o PS caia, desde o último estudo, 8 pontos percentuais? Como se justifica a subida de intenções de voto numa coligação que destruiu a economia, fomentou o desemprego e a emigração, empobreceu o país, desbaratou o património económico do país e sobretudo mentiu? Disse que fazia uma coisa e fez o seu oposto. O eleitorado não tem memória? O eleitorado não tem dignidade? O eleitorado não é filho de boa gente?
Faço uma leitura simples: a pequena recuperação que se tem verificado, por alguma inversão da política europeia, bem aproveitada pela propaganda governamental, está a surtir efeito. A mensagem linear adoptada e expressa na ideia de que "antes era o caos, depois veio o salvador da pátria e como um messias trouxe a salvação, está a passar. Não tem programa, nem precisa. O povo gosta de chicote.
Bem pode António Costa mandar fazer estudos económicos, elaborar programas rigorosos e estruturados, apresentar soluções que devolvam dignidade às pessoas, prometer repor rendimentos sonegados, os eleitores preferem continuar a ter mais do mesmo. Parecem preferir num caminho de expiação, dos pecados de que foram acusados por quem os governa. Gostaram e querem mais. Vivemos tempos de masoquismo, de "sombras de grey". É tempo de despertar consciências.
MG