Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Numa casa portuguesa fica bem, pão e vinho sobre a mesa. E se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente. Fica bem esta franqueza, fica bem, que o povo nunca desmente. A alegria da pobreza está nesta grande riqueza de dar, e ficar contente... ... Basta pouco, poucochinho p'ra alegrar Uma existência singela... É só amor, pão e vinho e um caldo verde, verdinho a fumegar na tigela.     Uma Casa Portuguesa (...)
LI hoje na imprensa, que repousam nos chamados paraísos fiscais, mais de vinte biliões de euros. Que rica vida. Não andam por mãos calejadas, não pagam impostos. Maravilha. Também li que se vivessem como o comum dos mortais, neste mundo cão, gerariam, com dor, para os Estados, para aí cento e vinte, 120, disse bem, mil milhões de euros. Li ainda que este valor, fruto do suor humano, daria para tirar duas vezes a miséria do mundo. Afinal um mundo sem miséria é possível e (...)
21 Jan, 2013

O apóstolo do mal

    Este é o homem que prometeu o céu e deu o inferno. Este é homem que prometeu emprego e trouxe desemprego. Este é o homem que prometeu abundância e trouxe fome. Este é o homem que prometeu paz e aplicou terror. Este é o homem que pregou a salvação e trouxe destruição. Prometeu luz e trouxe trevas.   Este homem é um apóstolo. Um apóstolo do medo, do castigo, da penitência,da vingança, da arrogância. A sua Bíblia chama-se FMI. O seu deus Mercado. É um apóstolo do (...)
cartoon de João  Fazenda (Visão)  Texto imaginado a partir deste cartoon.   Vós sois os meus ouvintes preferidos: não falais, não ouvis, não sentis fome, nem sede, não olfactais o cheiro discreto do dinheiro, não vedes o opróbrio as injustiças a sacanagem a exploração. Em verdade gosto de vocês pois sois verdadeiramente simples. A vós que não tendes os defeitos (...)
dir.coolclips.com   Parafraseando o escritor Lobo Antunes numa crónica da revista Visão, "agora deu-me para ficar bonito". E vai daí, toca a caminhar que nem um desalmado. Mas porque aqui, por onde caminho, ainda não existe um daqueles percursos de país desenvolvido, tenho de partilhar as ruas, bem perfumadas com fumaça diesel, com parceiros de quatro rodas,    Ao fim da tarde saio da minha área de conforto, mais antiga e mais tradicional e atravesso-a quase sem ver (...)
12 Abr, 2012

Abaixo o bem-estar

  Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos. Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar.Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta ao jantar. Abaixo o Bem-estar.   Lobo Antunes, Crónica (Visão)       O consumo é o alicerce da economia moderna. O consumismo, por sua vez estimula e suporta a produção e o crescimento. O sistema produtivo garante o emprego que sustenta o consumo. Em (...)
Qualquer economista/analista minimamente isento, sabe e diz que a crise que nos estão a impingir é sistémica. Não é especificamente de nenhum país e tem contornos que não se encaixam em qualquer análise racional. Começou como crise financeira e quando lhe faltaram pernas para andar nesta área, evoluiu para crise das dívidas soberanas. Mas que crise? As dívidas são homólogas do sistema capitalista e do seu sistema de crédito. Nenhum país está imune a dívida. Apenas (...)
13 Jan, 2011

Feira da ladra

planetasoares.com     A feira da ladra de Lisboa é quase tão antiga como Portugal. Ali, às terças e sábados,  se continuam a vender desde o século XIII artigos de desvairadas proveniências, usados ou novos, tanto faz. Neste mercado, ao contrário de outros, compra-se e vende-se, dentro das regras do comércio justo. Faz-se o preço, regateia-se, aceita-se ou recusa-se. Ninguém engana ninguém.   Há outra feira da ladra, ao contrário da genuína de Lisboa e  onde não se pode (...)
26 Dez, 2010

O último paraíso

neteye.com.br   O Butão é um pequeno país situado a dois mil metros de altitude entre a China e a Índia. Ali vivem cerca de sentecentas mil pessoas, num recanto perdido do planeta, que teima em ficar fora da globalização e da ditadura dos seus omnipresentes mercados. Na capital do Butão as ruas são limpas, tranquilas e despoluídas. Com uma política de desenvolvimento controlado, evita-se a exploração massiva dos recursos naturais e preservam-se as suas montanhas da (...)