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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

26 Jul, 2018

Verão, qual verão

 Este verão é um incumpridor. Não cumpre o calendário. Ou sofre de amnésia, ou ainda dorme a sono solto. Quem ganha com esta displicência estival é a primavera. Lá vai ocupando o espaço do seu sucessor, que não aparece para mudar o turno. E os adoradores do calor, os que gostam de torrar nos areais que bordam o mar, e por aí andam deprimidos, a controlar o vício, que tenham um pouco de paciência. Dizem que o verão foi para norte, dar um lamirezinho, aqueles deslavados da (...)
  O direito ao gozo de férias é uma conquista recente. Vem na sequências das lutas laborais e da ascensão ao poder de partidos de índole socialista. São um direito universal expresso na Declaração dos Direitos do Homem. Em Portugal, generalizam-se após o 25 de Abril de 1974. O conceito de férias inicialmente associado ao direito ao lazer, acabou por dar azo a uma revolução na economia mundial, com a criação da indústria do turismo. Ironia das ironias é a classe (...)
Nas últimas décadas do século XX, no verão, as nossas estradas, de má qualidade, animavam-se com a invasão de carros de grande cilindrada e matrícula estrangeira. Eram os emigrantes portugueses vindos da Europa desenvolvida e que vinham de "vacances" à terra mais madrasta que mãe. Para além do carro, portador de estatuto social, usavam a língua do país de acolhimento para o mesmo efeito. Ainda hoje se utiliza, com carácter anedótico, a expressão: - Jean Pierre, faire (...)
12 Jul, 2015

Delim delão

toca o sino pra procissão corre o emigra no seu carrão estala o foguete na festa de verão   O rosmaninho rasteja no chão milhares de rodas comem alcatrão baratas tontas em diversão felicidade em poluição   À romaria chega o ladrão com  muitos sorrisos semeia ilusão parte confortado por grande ovação o sino repica pra corrupção   Roubam a seara pra tirar-lhe o pão espremem o suor como um limão esquece-se a injustiça e a aflição pára a (...)
Nas últimas décadas do século XX, no verão, as nossas estradas, de má qualidade, animavam-se com a invasão de carros de grande cilindrada e matrícula estrangeira. Eram os emigrantes portugueses vindos da Europa desenvolvida e que vinham de "vacances" à terra mais madrasta que mãe. Para além do carro, portador de estatuto social, usavam a língua do país de acolhimento para o mesmo efeito. Ainda hoje se utiliza, com carácter anedótico, a expressão: - Jean Pierre, faire (...)
    toca o sino pra procissão corre o emigra no seu carrão estala o foguete no pino do verão   O rosmaninho rasteja no chão milhares de rodas comem alcatrão baratas tontas em diversão felicidade em poluição   À romaria chega o ladrão com  muitos sorrisos semeia ilusão parte confortado por grande ovação o sino repica pra corrupção   Roubam a seara pra tirar-lhe o pão espremem o suor como a um limão esquece-se a injustiça e a aflição pár (...)
23 Jul, 2014

Lili

A crise da natalidade não se nota na presença de mulheres nos mais diversos serviços. Ainda bem. Em escolas, em hospitais, no comércio, nas compras parecem-me sempre em maioria. Além disso estão cada vez mais bonitas. Mas, modéstia à parte, os homens não lhe ficam atrás. Na pastelaria onde vou tomar café o serviço é prestado exclusivamente por lindas senhoritas. É , foi e será. De quando em vez há renovação de pessoal e lá vêm novas caras larocas   A última (...)
20 Jul, 2014

Estou na lua

  Há quarenta e cinco anos o homem pôs o pé no terreno lunar. Mas assim como foi, veio. Não se deu bem por lá. E a razão mais evidente é que para lá não voltou. Houvesse por lá algum arzinho respirável e algumas riquezas naturais de fácil acesso, já teria começado a corrida. E teria começado a disputa entre as grandes potências. Mas ainda bem que as paragens lunares não atraem os "terráqueos". Conflitos já chegam e sobram os que por aqui existem.   Mesmo sem a ida (...)
01 Jul, 2014

Poema de verão

 Fosse eu Sol ou fosse vento, nos teus braços me acolhia, e no calor do abraço encantado adormecia.   Se fosse azul de céu, fosse mar ou maresia, nos teus olhos me afogava nos teus olhos renascia.     Se fosse duna e areia, onda  praia e calor, me enroscava no teu corpo contigo fazia amor.   Se luz fosse, escuridão, fosse noite fosse dia, me deitava no teu sono e no teu sonho vivia.   MG    
10 Fev, 2014

Encontro adiado

desaba...     Numa noite de um verão porque suspiro. Que saudades! Numa esplanada cheia de alegres convivas. Crise, qual crise? Uma mocinha fina nos modos e no perfil, servia um pouco afogueada acalorados clientes. Bebia um fino com todo o gosto, disse. Diga-me isso quando sair, respondeu-me. Surpresa! Saí a pensar o que fazer. Não voltei a dizer! Nos piores momentos deste inverno chuvoso, frio, triste, lembro-me da mocinha que servia numa esplanada. Anseio pela chegada do verão. (...)