Na novela em que se transformou a relação entre as instituições da UE e o governo grego, haverá responsabilidades das duas partes. Em certo sentido, parece um diálogo de surdos. O Eurogrupo a não ceder na seu receituário, e a Grécia a procurar contestá-lo, porque só piora a situação do paciente.
Sabendo-se que como diz o ditado, a corda parte sempre lado mais fraco, o extremar de posições acabou por colocar a Grécia entre a espada e a parede. O oxigénio conseguido com o (...)
Na história David e Golias prova-se que a inteligência pode vencer a força. Outros exemplos podiam extrair-se da literatura grega da antiguidade. No diferendo que, na actualidade, opõe a Grécia à União Europeia, esta assume o papel de Golias. Nesta luta dos tempos modernos, verifica-se uma diferença fundamental, em relação às lições do passado. O pequeno David está a enfrentar o colosso usando as mesmas armas, isto é a força. Desta forma a luta torna-se desigual.
O (...)
A Grécia está no fio da navalha, entre a espada e a parede, entre a cruz e a caldeirinha. Pressionada pelos credores, ostracizada pelo directório europeu. O principal problema da Grécia, ao contrário do que defende a ideologia dominante, não é económico mas político. Porque é nas decisões políticas que reside a solução para os problemas. Mas os decisores que governam a UE, não querem ajudar o povo grego, e assumem uma atitude revanchista, por ter ousado fazer uma (...)
A Grécia foi sujeita a tratamento de choque. A dose que lhe lhe foi aplicada quase a matou. E ainda não está livre de perigo. Como se costuma dizer não morreu da doença mas corre o risco de morrer da cura. Em desespero a Grécia, isto é, os gregos, recorrem a alternativas que fogem da ortodoxia. E quem chega a este estado está vulnerável a ponto de aceitar remédios e práticas exotéricas. Está disponível para acreditar em astrólogos, bruxos e magias de variadas cores.
O (...)
imagem sapo A Europa continua num desvario. De há anos que o projecto de unidade europeia, iniciado no pós-guerra, está a dar tiros no pé. O principio de solidariedade entre nações que visava criar um espaço economicamente dinâmico e socialmente equilibrado é cada vez mais uma ilusão. Os demónios da xenofobia renascem paulatinamente das cinzas. A divisão entre os laboriosos do norte e os preguiçosos do sul está na ordem do dia. A Alemanha recuperada da hecatombe da (...)
Portugal vive agora de acordo com as suas possibilidades, disse Oliver Rehn comissário europeu. Explicitando esta afirmação e traduzindo-a para português vulgar eis o que quis dizer: destruição de empregos e um milhão de desempregados; redução de salários e pensões; fim da classe média, em suma empobrecimento. Não digam que este governo falhou e que não atingiu os seus objectivos.
MG
Porque vai o ministro do Estado e das Finanças de Portugal reunir-se com o ministro Schauble do governo alemão, a propósito do programa de ajustamento? Apesar de não ter sido "eleito coisíssima nenhuma" como disse com veemência, é ministro do governo português ou pau-mandado da Alemanha em Portugal? Interrogações pertinentes e preocupantes.
MG
Queremos tempo e respeito.
Rubalcaba (PSOE) no Congresso do PS
A dívida não pára de crescer. Não pára nem parará enquanto persistir esta política de austeridade que está a destruir a economia. Sem o crescimento da economia não se geram receitas. Sem receitas não há dinheiro para pagar um cêntimo da dívida. Os parcos recursos gerados são absorvidos pelos juros. A divida é um monstro insaciável. Precisamos e inverter o caminho. Precisamos de (...)
Em 1974, no pós vinte e cinco de Abril fui um dos pioneiros que ajudaram a organizar as estruturas locais do PS em Lisboa. Com outros companheiros imbuídos de espírito de missão e por amor à causa conseguimos, com escassos recursos, arrendar um andar onde instalámos a secção da freguesia de S.Jorge de Arroios. Na adjacente freguesia dos Anjos, os militantes desta área, não conseguiram encontrar um espaço para a sua sede. Levantou-se, a seu pedido, a hipótese de, pela (...)
A Alemanha está à beira da recessão. Nada que não fosse previsível depois da política de terra queimada que aplicou aos países periféricos. Num mundo globalizado e num espaço de economia aberta o desempenho económico de um membro acaba por contagiar todos os outros. Assim ao obrigar os países mais fracos a empobrecer abruptamente, (com a conivência e a incompetência dos dirigentes nacionais) com reflexos profundos no consumo, pôs em risco toda a economia da zona euro. É o (...)