Há muitas diferenças entre Paris e os extremistas islâmicos. Mas há uma que é a mãe de todas as diferenças. É a democracia, com todos os seus defeitos. E Paris está na génese dessa grande mudança. Foi ali que no final do século XVIII, se deram os acontecimentos que levaram à substituição do poder absoluto por uma república parlamentar. Foi ali que caiu o poder secular da nobreza e ascendeu ao governo a classe económica dominante, designada como burguesia. Ali assumiu o (...)
Ao longo da história da humanidade o papel da bala e do lápis têm lugar assegurado. A bala destrói. O lápis constrói. A bala simboliza a morte, o lápis a vida. O lápis é a ferramenta do pensamento, a bala o seu cadafalso. Na longa evolução humana a bala pode ganhar batalhas, mas o lápis ganha a guerra. E se assim não fosse já não haveria humanidade. O lápis vence a bala, título da contracapa do Charlie Hebdo.
Procuro não ser cínico. Por isso não digo que a greve é um direito mas... . Vou directo ao assunto: as greves são uma chatice. Quando houve greve no metro de Lisboa, demorei uma hora a chegar à baixa. Fiquei bué chateado. Durante uma greve da CP tive de faltar a um encontro de escritores desconhecidos no Porto. Roguei mil pragas aos grevistas. Aquando de uma greve na saúde cancelaram-me uma consulta marcada há meses. Chamei nomes em português vernáculo aos profissionais da (...)
blogues.cienciahoje.pt O ataque à cadeia de Luanda há cinquenta anos, foi o big bang de uma guerra anunciada dos nacionalistas angolanos contra o colonialismo português. Pouco depois, iniciaram-se os ataques à população civil. A resposta de Salazar foi: para Angola e em força. Ia começar uma longa guerra em três frentes e que se saldou em milhares de mortos e estropiados. A teimosia do regime, em querer manter contra tudo e contra todos, a posse dos terriórios (...)