As ditas comissões de inquérito parlamentar nascem como cogumelos. Por dá cá aquela palha inventa-se mais uma. Ainda não percebi qual a sua eficácia. Depois de longas sessões de interrogatórios faz-se um relatório e encerra-se o assunto. Não vi resultar, destas maratonas parlamentares, qualquer efeito prático. Daí que seja pertinente perguntar para que servem?
Da minha observação comparo-as com uma feira de vaidades. O que se vê ali é mais um espectáculo mediático, do (...)
Sempre fui de esquerda. Sempre me situei na área do Partido Socialista, na ala mais à esquerda. O resultado das eleições legislativas tiveram um resultado atípico. Pela primeira vez uma coligação de direita ganhou as eleições sem maioria absoluta. E porque não há à esquerda quem pretenda dar uma mãozinha ao governo PàF estamos perante uma situação original.
Percorri na Internet os comentários de vários comentadores, sobre a presente situação política e confesso que (...)
Sondagens valem o que valem. Umas vezes acertam outras nem por isso. Mas a última sondagem da Universidade Católica sobre as eleições legislativas não deixa de ser preocupante. Em várias vertentes. Como se explica que o PS caia, desde o último estudo, 8 pontos percentuais? Como se justifica a subida de intenções de voto numa coligação que destruiu a economia, fomentou o desemprego e a emigração, empobreceu o país, desbaratou o património económico do país e sobretudo (...)
Este homem ri de quê? De um milhão de desempregados? De uma dívida em crescendo? Do caos na saúde? Do recuo na educação? Do aumento da pobreza? Do brutal aumento de impostos? Do corte de salários e pensões? Nada disto. Coisas perfeitamente normais. Coisas perfeitamente merecidas para quem ousou viver acima das suas possibilidades! Coisas justificadas para quem tendo nascido pobre quis viver (...)
No dia 14 de Fevereiro de 1996 foi eleito Presidente da República Portuguesa o dr. Jorge Sampaio. Pode parecer um acontecimento irrelevante. Mas não é. O dr. Jorge Sampaio foi o último Presidente da nação portuguesa. Explico: desde que Jorge Sampaio terminou o seu mandato temos apenas um ocupante do palácio presidencial. Não é, não foi e nunca será Presidente da República. É, quando muito, presidente da nação PSD. Embora tivesse sido eleito por um universo que ultrapassa o (...)
Define-se país como um território social, política e geograficamente delimitado, habitado por uma população com cultura comum e associado a um Governo. O deputado do PSD Luís Montenegro disse numa entrevista ao Jornal Expresso, que a vida das pessoas não está melhor mas a vida do país está muito melhor. Ao fazer uma distinção entre população e país cria o conceito de um país sem população. A ser assim, Portugal tem apenas um território e um Governo. E não (...)
Na minha terra é mais velho quem tem mais anos, é mais rico quem tem mais dinheiro, ganha um jogo de futebol quem marca mais golos. Mas na "comunicolândia" parece não ser assim. Foi essa a mensagem que passou nas televisões no pós eleições autárquicas. Os resultados apurados foram grosso modo os seguintes: PS: 1 milhão e oitocentos mil votos e 150 Câmaras ganhas; O PSD/CDS: 800 mil votos e 106 presidências de Câmaras. A CDU/PCP: meio milhão de votos e 34 Câmaras para gerir.O (...)
A expressão saloio era atribuída aos habitantes dos concelhos rurais situados a norte de Lisboa. A designação abrangia os cidadãos que se dedicavam à produção e comércio de produtos agrícolas. Tipicamente ainda aparecem representados no seu vestuário com colete e barrete. Mas para além da situação típica de saloio associado a uma zona e a uma actividade e com significado depreciativo de alguém que vive fora da modernidade, existe nesta perspectiva a mentalidade de saloio (...)
Fomos levados ao engano
por capote de um cigano
com promessas do camano
beras.
Entram moços jotas e comentadores
e falinhas mansas
entram verborreias de falsos doutores
e rotundas panças
entram peões de mentiras e rumores
cuja profissão
se lança.
Com verónicas de medo
para nos empobrecer
puseram este país
a morrer.
Temos que enfrentar o bicho
com coragem e sageza
pra atiramos para o lixo
a tristeza.
Entram boys a fazer campanha
que não sabem nada (...)
Há á expressões do léxico popular que rolam por todas as bocas, mesmo as mais pudicas. De tanto usadas acabam por perder uma real eficácia. Entram por um ouvido e saem por outro. São uma espécie de sound bites. Por isso não se entende a indignação dos deputados da maioria, depois de terem sido mimoseados por assistentes das galerias com a expressão "filhos da puta". E para os ditos representantes da nação, que são incondicionais apoiantes das políticas que estão a (...)