A política nem sempre faz jus à ética. De certo não é área para anjinhos. Mas senhor, precisava ser tão suja? O senhor Presidente que devia ser de todos nós, disse hoje que que a chamada pré-campanha está a correr com grande elevação. Tretas. Há maior mentira? E de alto nível. O exemplo vem de cima. Ou então é o reflexo do que se passa na base.
Deixando de lado uma ou outra imprecisão, (mentirinha) quem não a pratica (?) quero falar da mentira pura e dura, daquela que (...)
A pior angústia de quem escreve, por obrigação ou gosto, é a falta de assunto. Nos dias que correm encontrar assunto interessante é quase como procurar agulha em palheiro Revolve-se, revolve-se, e só sai palha. O mundial de futebol já era. Depois de não haver cão nem gato que não tenha dito uns bitaites sobre o assunto é como chover no molhado. Para mais, depois de doses maciças de opiniões e comentários, até enjoa o estômago mais robusto. O vómito está à flor da pele. (...)
imagem net Não tenho emenda. Mesmo depois de justamente "admoestado" por zeladores da vida ao ar livre fui novamente enfiar-me num Shopping. Mas ao menos tenho a atenuante de que estava a chover. E como não podia deixar de ser enfiei-me numa livraria (do mal o menos) que não vou nomear ( para não fazer publicidade).Como ando a descobrir o grande escritor brasileiro Ruben Fonseca (mea culpa, mas há tantos para descobrir) agarrei no seu romance intitulado "O seminarista" (...)
Durante algum tempo o Relvas tirou uma licença sabática. Sabia-se que existia mas ninguém o via. Era como se não existisse. Mas de um momento para o outro ressuscitou das cinzas e ei-lo que volta à ribalta na pior altura, isto é, quando a indignação está a aumentar. Ainda por cima Relvas incarna a imagem do que de pior há na política. Francamente já o tinha esquecido, mas os últimos acontecimentos levaram a recuperar no arquivo de tesouros deprimentes este texto:
Ó Relvas, Ó Relvas II (...)
Chegou mais um carnaval...(começava assim o texto que comecei a escrever sobre esta festa popular, também já vitima da globalização)...diria (continuei) que é mais Entrudo, recordando aqueles tempos de um passado escondido de reminiscências pro-traumáticas de miséria e totalitarismo, quando me lembrei de uma crónica aqui postada há um ano. Li e reli. Não havia dúvidas. Um ano, trezentos e sessenta e cinco dias e nem uma ruga de envelhecimento. Foi como se um ano (...)
Para divulgação, aqui reproduzo a carta aberta subscrita por importantes personalidades da sociedade portuguesa.
Carta aberta a Passos Coelho (na íntegra)
Exmo. Senhor Primeiro-Ministro,
Os signatários estão muito preocupados com as consequências da política seguida pelo Governo.
À data das últimas eleições legislativas já estava em vigor o Memorando de Entendimento com a Troika, de que foram também outorgantes os líderes dos dois Partidos que hoje fazem parte (...)
cartoon de João Fazenda (Visão) Texto imaginado a partir deste cartoon. Vós sois os meus ouvintes preferidos: não falais, não ouvis, não sentis fome, nem sede, não olfactais o cheiro discreto do dinheiro, não vedes o opróbrio as injustiças a sacanagem a exploração. Em verdade gosto de vocês pois sois verdadeiramente simples. A vós que não tendes os defeitos (...)
Não me apetece falar da chuva ou do sol. Do vento das eólicas ou do vento da indiferença. Da extensa costa marítima ou do seu ínfimo aproveitamento. Do discurso da inevitabilidade ou resignação evitável. Do empobrecimento de muitos ou do enriquecimento de cada vez menos. Da arrogância do PSD ou da inexistência do PS. Da reposição do exame da quarta classe ou do fim das novas oportunidades. Dos loucos dos manicómios ou do manicómio de loucos a brincar aos governos. Não me (...)
Entrudo tradicional Depois de um ano de vida taciturna sempre a ouvir: cortar cortar, trabalhar, trabalhar, sacrificar, sacrificar hoje vou vingar-me. Folia, folia, folia. Para começar vou mascarar-me. Aqui entra o desespero. Mascarar-me de quê? Dei uma volta pelas lojas chinesas para me inspirar. e opções não faltam(electricidade, banca…). Difícil é a escolha. Homem aranha? Até que era uma boa, tecer uma teia para apanhar essas novas moscas (só as ditas que a m é pior) , (...)
Antes era o PREC. No longínquo ano de 1975, a democracia discutia-se na rua. As posições expressavam-se em manifestações e contra -manifestações, em debates e contra debates, em bloqueios e contra-bloqueios. Foi um um tempo de aprendizagem democrática de forma directa e inflamada. Foi um tempo de participação popular na discussão da res pública. Mundam-se os tempos, mudam-se os Precs. Agora tudo se passa no espaço mediático, onde há debates e contra-debates, (...)