Em princípio uma boa notícia: Blatter demitiu-se. Ultrapassado pelas circunstâncias não teve alternativa. Governou a FIFA como um feudo pessoal. Estabeleceu relações de dependência de tipo vassálico. O resultado foi a criação de uma rede de interesses que colocou o particular, acima do geral. O governo do futebol mundial é uma autocracia. Os votos são comprados a corrupção é o sangue do sistema. Vamos ver o que vem a seguir.
Esta forma de gestão do mundo no pontapé na (...)
José Silva Lopes foi um economista competente, mas acima de tudo um cidadão exemplar. Tinha revelado as suas capacidades no regime anterior, mas foi com o advento do regime democrático, que se projectou como um homem de pensamento e acção, ao serviço do Estado Português. Ocupou funções políticas relevantes nos primeiros governos, negociou a entrada de Portugal na CEE, teve diversos cargos na área financeira. O que fica para além do seu trabalho exemplar como técnico e (...)
O dia 1 de Abril é conhecido como dia das mentiras. Esta tradição vem de um tempo em que a mentira representava um acto pouco abonatório de honestidade. Esse dia funciona, em tal contexto, como um escape a comportamentos de seriedade. Ou seja,em 1 de Abril é permitido mentir sem cair em pecado.
Isto acontecia no tempo em que a palavra e a honra eram conceitos aceites e respeitados. Mas nestes últimos tempos foram relegados para o campo das coisas sem valor. Mentir passou a ser (...)
O melhor do ano que vai terminar seria o que devia ter acontecido e não aconteceu, a saber: a reposição dos salários inconsticionalmente reduzidos; o pagamento integral das pensões ilegalmente diminuídas, a valorização do trabalho, usado apenas como reprodutor de mais valias; a reapreciação do sistema de impostos depois de um brutal aumento sobre os rendimentos do trabalho; a valorização da educação descaracterizada há mais de três anos; o respeito pelo direito à (...)
Prefácio à segunda publicação
Este diálogo (imaginado) entre Sócrates e Rousseau é uma espécie da alegoria sobre aspectos da vida política à portuguesa e foi publicado há cerca de um ano. Resolvi editá-lo de novo pela actualidade que mantêm, em termos de reflexão de filosofia política e da sua apreciação numa linha sarcástica e irónica. Reconheço que não teve nem terá a visibilidade que merece. Na blogosfera outros valores se salientam. Contudo e porque não (...)
lábios de mosto meu corpo lindo meu fogo posto. Eira de milho luar de Agosto quem faz um filho fá-lo por gosto.
Ary escreveu, Simone popularizou nos anos setenta a Desfolhada. Quem faz um filho fá-lo por gosto é uma expressão dúbia: faz-se o filho porque se gosta de o ter ou faz-se pelo gosto de o fazer? Seja o que for, o certo é que uma vez feito num acto dual, a mãe assume um papel preponderante. Acolhe-e durante nove meses, sofre a dor de o parir e amamenta-o mais (...)
Podes não governar bem
Desde que digas amem
E representes o papel de um zé ninguém
Em play back, em play back, em play back!
Vais até muito além
Com a bênção do vôvô de Belém
Do que exige a troika, e o teu estilo do cacém
Em play back, em play back, em play back!
Vai dizendo ao microfone
Que a vida é feita de fome
(...)
imagem sapo A Europa continua num desvario. De há anos que o projecto de unidade europeia, iniciado no pós-guerra, está a dar tiros no pé. O principio de solidariedade entre nações que visava criar um espaço economicamente dinâmico e socialmente equilibrado é cada vez mais uma ilusão. Os demónios da xenofobia renascem paulatinamente das cinzas. A divisão entre os laboriosos do norte e os preguiçosos do sul está na ordem do dia. A Alemanha recuperada da hecatombe da (...)
arrastao.org O senhor Presidente da República não se pode levar a sério. Diz e desdiz. Afirma e desafirma. É e não é. "Masoquisa e desmasoquisa". As suas opiniões têm tanto crédito como um tostão furado. Comentar os seus discursos é como gastar cera com ruim defunto. Já dei o que tinha a dar para esse peditório. Já gastei muito do meu latim com tal personagem. Traço o meu limite. Não adianta bater mais no ceguinho. MG
A mentira tem perna curta. Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo. A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima. Apesar destas evidências poucos ou nenhuns resistem à tentação de mentir. Deve até fazer parte do ADN humano. Comprovam-no as criancinhas mal largam os cueiros. E nem se pode ainda alegar qualquer tipo de aprendizagem. Continuam os jovens quando escondem os maus resultados escolares. E nos adultos é um fartar vilanagem. A refinação aumenta com o aumento (...)