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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

01 Mai, 2016

Mãe

Quando te conheci tu eras, quando te queria tu estavas, presente na minha ausência se a vida nos separava. Para sentir teu calor de ausências sempre voltava, mas um dia, vê tu bem, eu cheguei e tu não estavas, procurei-te e tu não eras e percebi que me amavas. Tantas coisas por dizer, tanto carinho esquecido e nesse lugar distante onde não te posso ver, sinto mãe que já soubestes o que ficou por fazer e que sem me dizeres nada tu me estás a proteger!
11 Jan, 2016

Ser poema

Quando o sol despertava Corria pelos trigais e, Como um espantalho andante Punha em stress os pardais. Gostava de ser poeta Mas um poeta não sou Não é poeta quem quer Mas quem expressa a emoção Numa taça de saber. Enquanto reinava o dia e, Douravam os trigais Eu sentia poesia Nos trinados dos pardais. Se nas estrelas navegasse Em caravelas de luz e, Em metáforas me afogasse Punha em versos decassílabos A métrica dos trigais. E quando o sol cansado De tanta seara amar
12 Jul, 2015

Delim delão

toca o sino pra procissão corre o emigra no seu carrão estala o foguete na festa de verão   O rosmaninho rasteja no chão milhares de rodas comem alcatrão baratas tontas em diversão felicidade em poluição   À romaria chega o ladrão com  muitos sorrisos semeia ilusão parte confortado por grande ovação o sino repica pra corrupção   Roubam a seara pra tirar-lhe o pão espremem o suor como um limão esquece-se a injustiça e a aflição pára a (...)
16 Mai, 2015

Teresa Torga

Teresa Torga, Teresa Torga artista do musicall e para pagar as contas punha música dançante já depois do pôr do sol Faltam-lhe as tábuas do palco a sua felicidade fez o seu próprio teatro n`avenida da cidade onde dançava desnuda num corpo já sem idade e quando uma kodac ia imortalizá-la os guardiões da moral começam logo a tapá-la coartam a liberdade à vontade de Capela mas a cena ganha vida em notícia de jornal sem imagem da donzela onde não fica perdida porq (...)
   imagem net Às sete em ponto da manhã Precisamente Da noite sem fim emergiu o dia “Inicial e limpo” De luz, de sonho, de alegria, E depois do adeus à iniquidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti ó cidade? Às sete em ponto da manhã Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país E vento não se cala Em sons clamando diz: “Aqui posto de comando das Forças Armadas" Liberte-se a liberdade "Grândola vila morena Terra da fraternidade". (...)
24 Mar, 2015

O poeta morreu

Herberto Hélder já não faz mais poemas. O poeta morreu. A poesia vive. Parte um poeta e o mundo fica mais pobre. A poesia fica "e já nenhum poder destrói o poema". A marcha inexorável do tempo, leva o poeta para outros horizontes, mas curva-se à sua poesia, porque "o poema faz-se contra o tempo e a carne". Porque isso é SER POEMA.   Um poema cresce inseguramente na confusão da carne, sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, talvez como sangue ou sombra de (...)
02 Nov, 2014

O poeta solitário

Rita (nome fictício) entrou na sala de professores com um ar estranhamente afogueado. A professora na casa dos cinquenta dirigiu-se a uma colega com quem partilhava cumplicidades e entregou-lhe um pequeno e perfumado pedaço de papel. Encontrei-o no para brisas do carro, no estacionamento do pingo doce. (passe a publicidade que o unhas de fome do Jerónimo Martins não me paga nem um cêntimo furado) A colega solicitada leu um pequeno texto em letra de forma:   A MULHER É COMO O VINHO  QUA (...)
24 Out, 2014

Ser poema

Quando o sol despertava Corria pelos trigais e, Como um espantalho andante Punha em stress os pardais. Gostava de ser poeta Mas um poeta não sou Não é poeta quem quer Mas quem expressa a emoção Numa taça de saber. Enquanto reinava o dia e, Douravam os trigais Eu sentia poesia Nos trinados dos pardais. Se nas estrelas navegasse Em caravelas deluz e, Em metáforas me afogasse Punha em versos decassílabos A métrica dos trigais. E quando o sol cansado De tanta seara amar Se fazia escuridão
17 Out, 2014

A tourada continua

Não importa sol ou sombra camarotes ou barreiras toureamos ombro a ombro as feras   Ary  dos Santos     Fomos levados ao engano por capote de um cigano com promessas do camano beras   Entram moços jotas e comentadores de falinhas mansas entram verborreias de falsos doutores de rotundas panças entram peões de mentiras e rumores cuja profissão se lança   Com verónicas de medo para nos empobrecer puseram este país a morrer   Temos que enfrentar o bicho (...)