Greve sim, mas...eis como uma conjunção adversativa, uma palavrinha pequena, que pode parecer insignificante, tem todo o poder do mundo. Se disséssemos, greve sim, ponto, nenhuma especulação era legítima. Greve sim mas, dá azo a todas as interpretações com implicação no próprio conceito de greve. Indo directo ao assunto significa que se pode fazer greve se não prejudicar, A, B e C, assim como as restantes letras do alfabeto. Três letrinhas e bye, bye direito à greve.
N (...)
As palavras abandonaram-me. Recusam sair do esfera da esferográfica recusando, por sua vez, à tinta liberdade de expressão. As letras das teclas do computador boicotam, sem arrependimento, a livre vontade dos dedos. Até os insignificantes sinais, penalizados pelo acordo ortográfico, teimam em duplicar-se, provocando erros inadmissíveis. E os parênteses, amuados por falta de protagonismo, não querem ser mais almofadas de ideias intercaladas. Em desespero, recorri à velha (...)
csmonitor.com Poder e/ou contra poder? Se fosse possível destacar a palavra mais usada neste ano que vai terminar, estou convicto que seria a palavra crise. Se tivesse a natureza do sabão ,penso que já teria desaparecido por uso excessivo. E não deixaria de ser uma bênção para a nossa sanidade mental. E salvo melhor opinião considero que a sua banalização corre o risco de ter o mesmo efeito que a história do lobo mau. Ou seja ,de tanto se invocar, quando chegar de facto (...)