Passaram trinta anos que o cantor morreu. A sua obra fica. A sua vida é um exemplo de cidadania, ao serviço do seu país. Com a música como veículo, passou a sua mensagem, com desprendimento e entrega na defesa dos mais desfavorecidos. A denúncia da exploração esteve sempre presente nas suas canções. Sintonia entre o texto e a melodia.Eles comem tudo, os vampiros.
Passaram trinta anos e os vampiros estão ainda mais activos. A exploração do trabalho perdeu toda a vergonha. (...)
Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (Roncole, nasceu em 10 de outubro de 1813 e faleceu em 27 de janeiro de 1901. Foi um simbolo do nacionalismo na Itália e grande compositor de óperas no período romântico italiano. Deixou de viver fisicamente há 116 anos, mas continua a viver na sua música. As suas obras continuam presentes nos teatros de ópera. Alguns dos seus tema transcendem o mundo da música clássica e estão enraizados na cultura popular. Aqui recordamos o Coro dos (...)
Ó entrudo Ó entrudo Ó entrudo chocalheiro Que não deixas assentar as mocinhas ao solheiro
No tempo em que o Entrudo era Entrudo e não Carnaval. No tempo em que o Entrudo era uma festa popular espontânea. No tempo em que esta festividade não tinha sido apropriada pela sociedade de consumo como mais uma forma de realizar mais valias, havia o Entrudo chocalheiro, expresso nesta canção da Beira Baixa e na voz do Zeca Afonso.
Se não tivesse dado a alma ao Criador, Edith Piaf, comemoraria hoje cem anos. Mas partiu há muito, desta vida descontente. Em relação à esperança de vida, teve uma passagem breve por este mundo. Breve mas intensa, como uma borboleta com a sua paleta de cores. Cantou e encantou. Uma voz única que se libertou para sempre da lei da morte. Partiu mas a sua música perdura e perdurará. Viveu uma vida de sucessos, de angústias, de desespero, de tragédia. Sempre no limite. Rien de rien.
Rien de rien…Il ne se passe jamais rien pour moiJe me demande pourquoi!Rien! Rien! Rien!Il ne se passe jamais rien!...
Teresa Torga, Teresa Torga
artista do musicall
e para pagar as contas
punha música dançante
já depois do pôr do sol
Faltam-lhe as tábuas do palco
a sua felicidade
fez o seu próprio teatro
n`avenida da cidade
onde dançava desnuda
num corpo já sem idade
e quando uma kodac
ia imortalizá-la
os guardiões da moral
começam logo a tapá-la
coartam a liberdade
à vontade de Capela
mas a cena ganha vida
em notícia de jornal
sem imagem da donzela
onde não fica perdida
porq (...)
Zeca AfonsoNo centro da Avenida No cruzamento da rua Às quatro em ponto perdida Dançava uma mulher nua A gente que via a cena Correu para junto dela No intuito de vesti-la Mas surge António Capela Que aproveitando (...)
Em 17 de janeiro de 1969, os Beatles lançam Yellow Submarine. Poucas músicas deste disco são inéditas. O trabalho contém faixas, que em sua maioria, são músicas orquestradas e compostas por George Martin. Os tempos mudaram. Os submarinos não são de música mas de corrupção. A solidariedade europeia deu lugar à xenofobia. A Europa dos povos foi substituída pela Europa dos interesses. Quem diria! Em 17 de Janeiro de 2015, apetece regressar ao passado neste submarino de (...)
De que valem as asneiras
Com que nos está a brindar
Se você não sai daqui
E temos que o aturar
Só vejo você no meu horizonte
Por mais que você para mim não conte
Eu quero que você, me esqueça neste inverno
E que vá com a sua turma pro inferno
Que me interessa que haja escola
Pra me fazer doutor
Se entro na sala
E não vejo lá professor
Para onde quer que vá, vejo tudo triste
E isso acontece, porque você existe
Eu quero que voçê baze neste inverno
E (...)
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras
Ary dos Santos
Fomos levados ao engano
por capote de um cigano
com promessas do camano
beras
Entram moços jotas e comentadores
de falinhas mansas
entram verborreias de falsos doutores
de rotundas panças
entram peões de mentiras e rumores
cuja profissão
se lança
Com verónicas de medo
para nos empobrecer
puseram este país
a morrer
Temos que enfrentar o bicho
(...)