A rapariguinha da livraria
Para o leitor compulsivo entrar numa livraria é como para o crente religioso entrar na sua igreja. Com respeito e devoção. Percorre os altares, no caso prateleiras, Presta veneração aos santos, ou seja aos livros e aprecia os milagres que fazem na mente dos fiéis, os seus leitores. De quando em vez, arranca um livro à pasmaceira do seu dia-a-dia e consulta-o, porque o livro gosta de ser folheado e de partilhar com o leitor a sua intimidade. Acredito que (...)
Durante o tempo em que aqui pouco escrevi, não fiquei numa espécie de sono expectante, à espera que alguma musa me acordasse. Não acredito muito em musas e se, acaso, existem, têm muitas solicitações. Fui escrevendo, noutros espaços, nomeadamente no "escritartes" um site de literatura. Desse período recupero o texto que a seguir publico. Para o leitor compulsivo entrar numa livraria é como para o crente religioso entrar na sua igreja. Com respeito e devoção. Percorro os (...)
Para o leitor compulsivo entrar numa livraria é como para o crente religioso entrar na sua igreja. Com respeito e devoção. Percorre os altares, no caso prateleiras, Presta veneração aos santos, ou seja aos livros e aprecia os milagres que fazem na mente dos fiéis, os seus leitores. De quando em vez, arranca um livro à pasmaceira do seu dia-a-dia e consulta-o, porque o livro gosta de ser folheado e de partilhar com o leitor a sua intimidade. Acredito que livro sem leitor vive triste (...)
Confesso que tenho um vício incurável. Sou caidinho pela cidade Invicta. De tal modo, que sempre que posso e as forças o permitem, dou corda às tamanquinhas e lá vou dar de beber à dor da saudade. Depois de me instalar com armas e bagagens, vagabundeio, ao acaso, pela parte histórica. Entre os Clérigos e as Fontainhas, entre a Ribeira e a Trindade, deleito-me com a simpatia das gentes, os cheiros, as cores que dão à cidade a sua personalidade. Muitas vezes, dou por mim a subir (...)
Mesmo os livros maus são livros e por isso sagrados Gunter Grass O que têm em comum Gunter Grass e Eduardo Galeano? Nasceram em continentes diferentes. Viveram realidades diversas. Tiveram percursos de vida ímpares. Apesar de todas as diferenças, comungam do (...)
Nesta rubrica vou recuperar os melhores textos que aqui escrevi (escolha minha). Este foi escrito há dois anos, num dia de rara inspiração.
Porque me deu na bolha fui passear os calcantes para o Shopping e como quem não quer a coisa entrei na FNAC (passe a publicidade) para pastar os olhos pelas novidades literárias. Agarrei num livro quase ao acaso e sentei-me entre uma senhora bem posta e um cavalheiro com facies(passe o estrangeirismo) indiano. Cada um deles, com os olhos (...)
Porque hoje é sábado fui passear os calcantes para o Shopping e como quem não quer a coisa entrei na FNAC (passe a publicidade) para pastar os olhos pelas novidades literárias. Agarrei num livro quase ao acaso e sentei-me entre uma senhora bem posta e um cavalheiro com facies(passe o estrangeirismo) indiano. Cada um deles, com os olhos pregados numa página de um livro ocasional. Nos lugares da frente, uma fila de leitores quase todos equipados com umas apropriadas lunetas na ponta (...)
Este fim de semana tive uma recaída e voltei ao shopping. Confirma-se. Por mais que resista o criminoso volta sempre ao local do crime. Desta vez, como sempre caí numa livraria. Entro nesse sitio, como é lógico, para ver livros, mas gosto também da envolvência. Nesta visita senti-me perdido como um náufrago a afogar-se num mar de barras de ouro. Nem vivalma circulava por ali. Livros sozinhos, tristes, solitários, esquecidos em prateleiras, sem uma mão amiga que lhes faça um (...)
Pensei que aceitasses "que trocássemos umas ideias sobre o assunto". Disse-o com a esperança de merecer alguma atenção do escritor Mário de Carvalho. "Era bom", seria a resposta esperada. Eu sei que ele é o autor único e indivisível e eu apenas um, entre milhares de leitores. Mas também li, seja ceguinho se não li, que um livro uma vez parido, deixa de ser apenas de quem o gerou, para ser de todos, os que o de corpo e alma, o manuseiam. Um pouco como um filho, que depois de sair (...)
imagem net Não tenho emenda. Mesmo depois de justamente "admoestado" por zeladores da vida ao ar livre fui novamente enfiar-me num Shopping. Mas ao menos tenho a atenuante de que estava a chover. E como não podia deixar de ser enfiei-me numa livraria (do mal o menos) que não vou nomear ( para não fazer publicidade).Como ando a descobrir o grande escritor brasileiro Ruben Fonseca (mea culpa, mas há tantos para descobrir) agarrei no seu romance intitulado "O seminarista" (...)