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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

25 Abr, 2020

Capitães de abril

Capitães do meu país Soldados da minha terra Viram o povo infeliz E com paz fizeram guerra. No alvor da madrugada Acordaram a cidade E sem nunca pedir nada Ofereceram liberdade. No força que idealizaram Esperança de mil cores Quando as armas dispararam Delas saíram flores. E no seio da revolução Nasceu uma democracia E com ela a convicção Que é real a utopia. E quem nunca viu Abril Nem sabe a revolução Urdiu artimanhas mil Subjugou a nação. É tempo de ir para a guerra E (...)
04 Jun, 2019

Tiananmen

Faz trinta anos. Tinta anos que aconteceu Tiananmen. A nossa memória é curta e já esqueceu. Ainda bem que há quem nos lembre. Tiananmen devia servir de exemplo para a diferença entre a ditadura e a democracia. É simples. Na democracia podemos protestar. Na democracia podemos manifestar opinião, e até, embora ache incorrecto, insultar os políticos. Nas democracias até podemos ser arrogantes, sem que isso traga consequências. Nas democracias podemos escolher. Em Tiananmen (...)
25 Out, 2015

Pluralismo já

Em 1975 a comunicação social estava refém de um processo político revolucionário esquerdista, que pretendia instaurar uma ditadura de sinal contrário à que tinha sido derrubada. O direito à expressão livre estava ameaçado. A viragem para a pleno pluralismo de opinião, começou com um episódio que surpreendeu os espectadores que viam, em directo, o capitão Clemente, na sua prédica de educação da classe operária. A emissão, perante o espanto do revolucionário de (...)
(...) Ou seja: Cavaco não usou justificações democráticas e constitucionalmente sustentadas. "Pelo contrário, adotou uma postura autocrática, tornando claro a uma parte do país que o seu voto e ideias cheiram mal - parte do país que, curiosamente, serviu para derrubar em 2011 um governo contra o qual reclamou "um sobressalto cívico". Para Cavaco, BE e PCP só dão jeito para deitar abaixo governos, nunca para os sustentar. E se os portugueses decidiram nas urnas virar a página, (...)
Fui com a cara metade à capital. É sempre um prazer  visitaresta Lisboa de Costa, remoçada e reinventada sem perder a sua genuinidade. Os sentidos agradecem as sensações que a cidade proporciona. Os cheiros, os sabores, as imagens inebriam por mais que a visitemos. Lisboa é hoje como há quinhentos anos uma cidades de desvairadas gentes de estranhos falares. Respira-se alegria nas suas ruas carregadas de simbolismo. Os olhares perdem-se e encontram-se em olhares de todos os tons, (...)
16 Mai, 2015

Teresa Torga

Teresa Torga, Teresa Torga artista do musicall e para pagar as contas punha música dançante já depois do pôr do sol Faltam-lhe as tábuas do palco a sua felicidade fez o seu próprio teatro n`avenida da cidade onde dançava desnuda num corpo já sem idade e quando uma kodac ia imortalizá-la os guardiões da moral começam logo a tapá-la coartam a liberdade à vontade de Capela mas a cena ganha vida em notícia de jornal sem imagem da donzela onde não fica perdida porq (...)
   imagem net Às sete em ponto da manhã Precisamente Da noite sem fim emergiu o dia “Inicial e limpo” De luz, de sonho, de alegria, E depois do adeus à iniquidade O povo é quem mais ordena Dentro de ti ó cidade? Às sete em ponto da manhã Pergunto ao vento que passa Notícias do meu país E vento não se cala Em sons clamando diz: “Aqui posto de comando das Forças Armadas" Liberte-se a liberdade "Grândola vila morena Terra da fraternidade". (...)
14 Jan, 2015

A bala e o lápis

Ao longo da história da humanidade o papel da bala e do lápis têm lugar assegurado. A bala destrói. O lápis constrói. A bala simboliza a morte, o lápis a vida. O lápis é a ferramenta do pensamento, a bala o seu cadafalso. Na longa evolução humana a bala pode ganhar batalhas, mas o lápis ganha a guerra. E se assim não fosse já não haveria humanidade. O lápis vence a bala, título da contracapa do Charlie Hebdo.    
O homem escrevia crónicas numa página de um jornal inventado. Escrevia crónicas sobre tudo e sobre nada. Dominava o verbo como poucos. Debitava ideias ponderadas e buriladas até à exaustão. Não cometia um erro de sintaxe nem um deslize semântico. Tudo no seu lugar: não se esquecia de um ponto, não falhava uma vírgula, exclamações quanto baste, os verbos na conjugação certa, os adjectivos no grau adequado, os advérbios e as  conjunções no sítio preciso. As suas ideias (...)