24 Abr, 2011
Um despertar irrepetível
Um homem de fato e gravata, cabelos brancos, mas lesto como um gato saltou para cima da guarita do quartel e com um megafone falava à multidão. -Acorda Zé, começou a guerra… As palavras modeladas pelo timbre arrastado do Alentejo, ricochetearam como balas perdidas no silêncio da manhã adormecida. Acorda Zé, estão a dizer na rádio para as pessoas ficarem em casa e estão a pedir aos médicos para se dirigirem aos hospitais… Não havia dúvida, aquela voz (...)