A imprensa mudou o mundo. Paradoxalmente o mundo que ajudou a mudar foi o resposável pela sua perda de influência, no novo mundo da comunicação. O jornal em papel está hoje ultrapassado por outros meios mais apelativos. Ainda procura adaptar-se e resistir na área digital, como irá acontecer com o Diário de Notícias.
Este, pela sua idade, velho jornal viveu em três séculos e deixa um espólio de gande valia para a posteridade. Ouutros como o emblático Século ou os vespertinos (...)
Está em grandes parangonas na imprensa escrita: "declarações de Catarina Martins fazem cair a Bolsa de Lisboa". Quiçá de toda a Europa, esqueceram-se de referir, já que foi o que aconteceu. Compreende-se. Pequeno pormenor. Ontem, porém, o efeito Catarina continuou a fazer descer as Bolsas europeias, com uma excepção. Sabem qual? Precisamente a Bolsa de Lisboa, que em movimento contrário, acabou por subir. E sabem que mais? Na isenta imprensa que nos saiu na rifa nem um pio. (...)
O homem escrevia crónicas numa página de um jornal inventado. Escrevia crónicas sobre tudo e sobre nada. Dominava o verbo como poucos. Debitava ideias ponderadas e buriladas até à exaustão. Não cometia um erro de sintaxe nem um deslize semântico. Tudo no seu lugar: não se esquecia de um ponto, não falhava uma vírgula, exclamações quanto baste, os verbos na conjugação certa, os adjectivos no grau adequado, os advérbios e as conjunções no sítio preciso. As suas ideias (...)
euacuso.b O senhor presidente da FIFA referiu-se ao jogador de futebol Cristiano Ronaldo de uma forma grosseira. Designando-o como o "outro" procurou num registo pretensamente humorístico desvalorizá-lo. Contrariamente à onda de patriotismo que por aí circula considero que lhe saiu o tiro pela culatra. Acabou por valorizar Ronaldo e se desvalorizar a si próprio. Na mesma linha de raciocínio também não acho que as alusões ao jogador português atinjam todos os portugueses. (...)
Sejamos claros: a chamada TroiKa não é uma instituição de benemerência, nem um grupo de ingénuos escuteiros. Os homens que a compõem são o rosto visível do capital financeiro que governa o mundo, sem nunca ter sido eleito. Basta um dedo mínimo de testa para perceber isto. E Sócrates com todos as suas limitações e mau carácter sabia-o bem. Por isso lutou como soube e pôde, para evitar que estes incensados personagens se instalassem em Portugal. E se a luta era à (...)