As coisas podem nunca parecer o que elas são E é por isso que tu vais engolindo toda a droga que eles te dão E se um dia fazes ondas de mais, tiram-te a ração... A bem da nossa civilização
Jorge Palma
Ai Portugal, Portugal
Ouço dizer que vais bem
(quem dera)
Mas afinal vais mal
Ai Portugal, Portugal
Não podes ficar à espera
De socorro do além.
Diz-se agora por ai
Que Portugal vive em liberdade
(Deixa-me rir)
Liberdade é ter que comer
Liberdad (...)
Antes era o PREC (Processo revolucionário Em Curso) e agora é o PREC (Processo de Retrocesso e (Em)pobrecimento Curso). Antes havia esperança numa vida melhor e houve. Agora nem uma réstia de esperança nos querem deixar ter. Temos de empobrecer porque sim, porque tivemos uma vida melhor e não podíamos ter tido. Isto pode parecer inocente mas não é. É a receita básica do ultraliberalismo. Traduzo: mais exploração, menos direitos, mais especulação, menos estado social, no (...)
minhasmares.blogspot.com Este foi um Verão triste. Nem sei mesmo se foi um Verão. Decorreu envergonhado e deprimido. Na despedida chora pesadas lágrimas e descarrega sobre os mais renitentes veraneantes a sua angústia existencial. Possivelmente (é uma interpretação) não sabe se a sua existência se justifica num inverno permanente de desilusões e esperanças perdidas. Possivelmente chora por si, chora por nós, chora pela inconstância e irresponsabilidade da natureza (...)
Nasci e cresci numa aldeia. Era uma aldeia parecida com tantos outras. Era uma aldeia cheia de gente e de vida. Gente simples, gente modesta, gente feliz. O trabalho era o lema do dia a dia. Mas num quotidiano de trabalho duro havia sempre tempo para conviver de forma singela e saudável. A convivência aprendia-se na família e continuava na escola. A escola ainda separada por sexos fervilhava de vida, de alegria de entusiasmo. A escola era a imagem de uma comunidade cheia de vitalidade. (...)