Ó entrudo Ó entrudo Ó entrudo chocalheiro Que não deixas assentar as mocinhas ao solheiro
No tempo em que o Entrudo era Entrudo e não Carnaval. No tempo em que o Entrudo era uma festa popular espontânea. No tempo em que esta festividade não tinha sido apropriada pela sociedade de consumo como mais uma forma de realizar mais valias, havia o Entrudo chocalheiro, expresso nesta canção da Beira Baixa e na voz do Zeca Afonso.
Entrudo tradicional Depois de um ano de vida taciturna sempre a ouvir: cortar cortar, trabalhar, trabalhar, sacrificar, sacrificar hoje vou vingar-me. Folia, folia, folia, o que não deixa de estar de acordo com o foguetório governamental que para aí vai. Cheira a eleições. Assim como assim vou mascarar-me. Aqui entra o desespero. Mascarar-me de quê? Dei uma volta pelas lojas chinesas para me inspirar e opções não faltam(electricidade, banca, àguas…). Difícil é a escolha. (...)
Chegou mais um carnaval...(começava assim o texto que comecei a escrever sobre esta festa popular, também já vitima da globalização)...diria (continuei) que é mais Entrudo, recordando aqueles tempos de um passado escondido de reminiscências pro-traumáticas de miséria e totalitarismo, quando me lembrei de uma crónica aqui postada há um ano. Li e reli. Não havia dúvidas. Um ano, trezentos e sessenta e cinco dias e nem uma ruga de envelhecimento. Foi como se um ano (...)
Entrudo tradicional Depois de um ano de vida taciturna sempre a ouvir: cortar cortar, trabalhar, trabalhar, sacrificar, sacrificar hoje vou vingar-me. Folia, folia, folia. Para começar vou mascarar-me. Aqui entra o desespero. Mascarar-me de quê? Dei uma volta pelas lojas chinesas para me inspirar. e opções não faltam(electricidade, banca…). Difícil é a escolha. Homem aranha? Até que era uma boa, tecer uma teia para apanhar essas novas moscas (só as ditas que a m é pior) , (...)
No tempo em que o Entrudo era Entrudo e não carnaval. No tempo em que o Entrudo era uma festa popular espontânea. No tempo em esta festividade não tinha sido apropriada pela sociedade de consumo como mais uma forma de realizar mais valias, havia o Entrudo chocalheiro, expresso nesta canção da Beira Baixa e na voz do Zeca Afonso.