Bruno de Carvalho foi eleito pelos sócios/votantes Presidente do Sporting Clube de Portugal, na minha opinião mal. Os que exerceram o direito de voto elegeram sobretudo um chefe de claque. Beneficiando de uma situação de grande instabilidade, provocada pelas presidências de Bettencourt, um erro de “casting”, e de Godinho Lopes, com erros de palmatória para ganhar títulos a curto prazo, conseguiu chegar à presidência com um programa populista. Apesar de algumas medidas (...)
Se conferirmos os títulos que resultam das sondagens sobre as eleições Presidenciais, verificamos que genericamente se baseiam nesta ideia: Marcelo vence as eleições primeira volta. Numa situação de quase empate, a imprensa por norma ou por desejo tem tendência para valorizar os grandes e os mais mediáticos. Neste caso Marcelo.
Mas com os mesmos resultados podiam-se gerar outros títulos de significado oposto: Marcelo pode ter de disputar uma segunda volta; Sampaio da (...)
O regime salazarista caiu com o 25 de Abril. O salazarismo continua presente, porque salazarismo para além de um sistema político e económico é um estado de espírito inculcado na mentalidade nacional durante 40 anos. A humildade submissa, quase canina, a aceitação acrítica do destino, a crença em salvadores da pátria sem reflexão, a obediência incondicional sem indignação, a incapacidade de discernir entre caminhos alternativos, o analfabetismo funcional, fazem parte da (...)
O Partido Socialista partiu para as eleições legislativas após a eleição de António Costa como putativo vencedor. As sondagens apontava nessa direcção. Havia na opinião pública a convicção que Costa seria primeiro-ministro. Contra essas evidências foi derrotado. Vários factores explicam essa derrota: a ligeira alteração do ciclo económico, a resiliência do Governo e a sua bem organizada campanha, a incapacidade do PS em passar uma mensagem clara, a desvalorização do (...)
Vivi quase trinta anos durante o regime salazarista. Até tinha direito a voto mas não o utilizava porque as eleições eram uma farsa. O voto era restrito e não havia liberdade para constituir partidos políticos. No último acto eleitoral organizado pelo regime, para dar um ar democraticidade, a oposição (CDE) sem acesso a divulgação da sua mensagem decidiu não ir às urnas.
O 25 de Abril estabeleceu em Portugal uma democracia parlamentar, onde qualquer força política pode (...)
Hoje é dia de reflexão. E muito temos que reflectir. Decerto sobre o nosso quotidiano pessoal em consequência de actos governativos dos últimos quatro anos. Mas para além disso temos que pensar que somos uma nação secular que se construiu com dificuldades e com muita determinação pessoal e colectiva. Nessa perspectiva, temos de considerar que o que está em causa é o nosso destino como país. Um país orgulhoso da sua história, com altos e baixos, mas disposto a defender a sua (...)
Declaração de voto
Confesso não ter qualquer dúvida quando me dirigir à secção de voto para assinalar uma cruz no quadradinho do Partido Socialista.
Usarei o meu voto como uma arma letal e não como um gadget da moda para entreter o intelecto ou para mostrar um balofo protesto que só proporcionará que Passos Coelho e Paulo Portas continuem, por mais quatro anos, a decidir tudo aquilo que não me serve, nem tolero.
Blogue a Barbearia do Senhor Luís
Admita-se: passava pela cabeça de alguém que quem andou quatro anos a cortar pensões escolhesse colocar o assunto no centro da campanha, acusando o PS de o querer fazer? A quem ocorreria que a dupla que se esmerou a cortar a eito apoios sociais já sujeitos a condição de recursos, como o complemento solidário para idosos, denegrisse medidas inscritas no programa do PS que visam certificar que outras ajudas do Estado vão só para quem delas precisa e portanto o dinheiro dos impostos (...)
Na minha percepção sondagens são previsões. Supostamente científicas mas baseadas em factores aleatórios. A aleatoriedade começa na selecção da amostra, sempre muito pequena em relação ao universo real que pretende representar. Depois, há que considerar que a escolha obedece a critérios, que mesmo tendencialmente objectivos são determinados por quem os aplica, logo objectivamente subjectivos. Para além disso, não podemos excluir propósitos manipuladores.
Na galáxia (...)