Faz trinta anos. Tinta anos que aconteceu Tiananmen. A nossa memória é curta e já esqueceu. Ainda bem que há quem nos lembre.
Tiananmen devia servir de exemplo para a diferença entre a ditadura e a democracia. É simples. Na democracia podemos protestar. Na democracia podemos manifestar opinião, e até, embora ache incorrecto, insultar os políticos. Nas democracias até podemos ser arrogantes, sem que isso traga consequências. Nas democracias podemos escolher.
Em Tiananmen (...)
Fidel de Castro já é uma lenda. Derrubou uma ditadura e sobre as suas cinzas instituiu outra, mas não tinha alternativa. No contexto em que decorreu a revolução cubana, a sua sobrevivência estava dependente de um poder fortemente centralizado. A hostilidade do poderoso vizinho americano contribuiu para reforçar esse poder, e ironicamente para a sua manutenção. O embargo dos Estados Unidos colocou Fidel na órbitra da União Soviética e com o seu apoio garantiu a consolidação (...)
Quem nascer hoje com a nacionalidade portuguesa nasce condenado. Já tem sobre os seus frágeis ombros a carga da austeridade. E terá de a carregar até fazer trinta anos. Quem tiver hoje trinta anos carregará a austeridade até aos sessenta. Quem tiver sessenta viverá com ela o resto dos seus dias. Quem o disse foi o senhor que ostenta o título de Presidente da República Portuguesa. Este senhor considerou, publicamente, que o país ou seja cerca de dez milhões de cidadãos (...)
O respeitinho é bonito e eu gosto. E respeito sobretudo (ou sobre nada), todos aqueles que nunca me faltam ao respeito. Refiro-me logicamente, aos que não protestam, não fazem greve, não se indignam, se contentam com pouco, acham a pobreza uma inevitabilidade e um destino nacional. Para abreviar, refiro-me aqueles que comem e calam. Os outros, os que não se encaixam no perfil do quanto mais me lixas mais gosto de ti, não merecem muito respeito para não dizer nenhum. Ainda (...)
O último golpe de estado, em Portugal, à maneira antiga, foi no dia 25 de Abril de 1974. É certo que depois, fruto das circunstâncias, evoluiu para um período revolucionário, mas nesse dia foi um golpe militar típico. Esta forma de derrubar governos ou regimes apresenta, grosso modo, as mesmas características: forças militares assumem uma revolta contra o poder instituído, umas vezes com êxito outras não.
A adesão de Portugal à Comunidade Europeia, reduziu, praticamente (...)
A Madeira não é um Jardim. A Madeira é o Jardim. A Madeira é do Jardim.Trinta e seis ano de "ditadura democrática" incensada ou tolerada por todos os governantes nacionais. Trinta e seis anos de desbarato de recursos nacionais (de todos nós) para alimentar as suas clientelas. Trinta e seis anos de "fraudes" eleitorais baseadas na compra de votos ao bom estilo terceiro-mundista. Trinta e seis anos de poder (...)
Memória Histórica-Salvador da Pátria? Nasceu em 28 de Abril de 1889 numa modesta casa de Vimieiro. Filho de uma família pobre, estava-lhe destinada uma carreira eclesiástica. Frequentou o Seminário para estudar Direito. Em 1918 é professor de ciência económica. O golpe militar de 28 de Maio de 1926 catapulta-o para o governo como ministro das Finanças. Em 1932 é nomeado Presidente do Conselho de ministros, (...)
No dia 28 de Maio de 1926 inicia-se em Braga um movimento militar, comandado pelo general Gomes da Costa que anuncia o princípio do fim da 1.ªa República. Na sequência deste movimento as forças mais conservadoras e antidemocráticas da nação tomaram as rédeas do poder e instauraram uma ditadura (...)
Nasci, cresci e vivi em tempos de pensamento único. Nesses anos de fascismonão havia liberdade de expressão, liberdade de manifestação, liberdade de qualquer discordância com o poder vigente. Foi com muita alegria que assisti ao movimento militar que derrubou o regime ditatorial, em 25 de Abril de 1974. Tive o privilégio de poder assistir em directo, no Largo do (...)