O governo reuniu todos os seus avençados soltou o foguetório e apanhou as canas. A alegria invadiu rostos sisudos, soltou línguas e abriu gargantas a gritar hossanas. Afinal o mundo não acabou: voltámos aos mercados. Mas os mercados não são o alfa e o ómega do liberalismo económico? Mas estar nos mercados não é a consequência natural do funcionamento do capitalismo? Mas se vivemos num mundo capitalista como pudemos estar fora dos mercados?
A minha tese, se calhar (...)
A austeridade é uma política ideológica mascarada de política económica. Ela assenta no mito, inteiramente falso, de que a despesa pública é um desperdício e uma perda de riqueza sem retorno e que não conduz a qualquer recuperação económica. Todavia, o Mundo é muito mais complicado e os factos, indesmentíveis, são os seguintes: os países social e economicamente mais equilibrados e que mais rapidamente saíram das respectivas crises foram aqueles onde houve um forte (...)
EUA À BEIRA DO INCUMPRIMENTO
O governo americano ultrapassou o limite legal da dívida, fixado em 14,3 biliões de dólares (€10,1 biliões), há precisamente nove dias.
Diário económico
Será culpa do Sócrates?
MG
"Durante os debates ficou claro que a crise na Europa resulta, em grande medida, de razões endógenas. Enumero algumas. A falta de coordenação das políticas económicas e sociais. A indisciplina orçamental de certos governos. O peso excessivo do sector público nas contas nacionais. A perda de competitividade em relação a economias concorrentes. O adiamento das reformas estruturais mais urgentes. Um sistema financeiro artificial, construído no ar, especulativo e sem (...)