Caminha-se a passos largos para mais um Natal. O frenesim sente-se nos espaços comerciais. As decorações feéricas são bengalas que não nos deixam ignorar. A música que já temos gravada na memória monopoliza os espaços. Àrvores decoradas, luzes e luzinhas piscantes perturbam o sono das noites. Gentes apressadas atopelam-se, invadem lojas, e carregam sacos coloridos. O Natal capta os corpos e embebeda as mentes. É o espírito natalício: amor e paz embrulhados em consumo.
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Já se sente o frenesim do Natal do consumo. Nunca percebi o sentido desse frenesim. Há muito, muito tempo, era eu uma criança o outro Natal, o religioso e pagão, era muito diferente. Numa longínqua aldeia perdida, fazia-se um presépio colectivo, punha-se o sapatinho na chaminé e esperava-se que o menino nos trouxesse alguma lembrança, mesmo modesta, que os tempos mesmo para Jesus não eram fáceis. Quando era possível a avó matava uma galinha velha já pouco reprodutiva e (...)
Já se sente o frenesim do Natal do consumo. Nunca percebi o sentido desse frenesim. Há muito, muito tempo, era eu uma criança o outro Natal, o religioso e pagão, era muito diferente. Numa longínqua aldeia perdida, fazia-se um presépio colectivo, punha-se o sapatinho na chaminé e esperava-se que o menino nos trouxesse alguma lembrança, mesmo modesta, que os tempos mesmo para Jesus não eram fáceis. Quando era possível a avó matava uma galinha velha já pouco reprodutiva e um (...)
komporta.blogspot.com Como afirmou o ex-primeiro ministro as dívidas, ditas soberanas, estão associadas ao capitalismo. Sempre existiram e continuarão a existir enquanto houver este sistema económico. Sem recurso a endividamento não se construíam estradas, portos, fábricas, em suma não havia desenvolvimento nem progresso. Nesta perspectiva, os estados, as empresas e as pessoas recorrem a empréstimos para terem acesso imediato a bens que de outra forma não poderiam usufruir. (...)