Coimbra é uma lição De sonho e tradição O lente é uma canção E a lua a faculdade O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer saudade José Galhardo Se pedirem, à queima roupa, uma definição de Coimbra, uma percentagem elevada de interrogados dirá que é uma cidade universitária. De facto foi à sombra da Universidade, fundada por D. Dinis no século XIII, que a cidade do Mondego cresceu e se fez gente. Instalada pela primeira vez em Lisboa (...)
Hoje, ao visitar Coimbra e talvez inspirado pela poesia camoneana, escrevi este poema em honra das modernas tricanas.
De chinelo vai ao shopping
MOTE
De chinelo vai ao Shopping,
tricana de pele escura;
Vai charmosa e bem segura.
VOLTAS
Na rosto traz alegria,
na boca tem um sorriso,
que faz perder o siso,
a qualquer hora do dia;
salpicados de ternura,
os olhos têm desejos,
os lábios sugerem beijos;
vai charmosa e bem segura
Na tshirt carecida, (...)
atthebeachinsandiego
Ontem foi um dia especial, embora tenha sido chateado por um buzianão, sem qualquer razão. Sempre que visito Coimbra a minha boa energia melhora consideravelmente. Coimbra tem aquele encantamento que deslumbra o espírito e enriquece a alma, sem esquecer o prazer com que deleita todos os sentidos, dos visuais aos gustativos e se houver (...)
Dois poetas, duas realidades (?), duas vozes, duas formas de cantar, mas o mesmo fado, a mesma nação...
«Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?»
«Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?»
«Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.»
«Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
(...)
Hoje fiz a minha visita a Coimbra. Visitei os mesmos lugares, observei as mesmas paisagens, deliciei-me com os mesmos petiscos. Mas sendo objectivamente as mesmas realidades despertam subjectivamente novas sensações. Ir a Coimbra é ver o nunca visto no já visto. É sentir que a liberdade anda à solta, que a cultura não tem idade, que as suas meninas de agora são as suas tricanas de sempre, que vive na eternidade dos seus poetas, ou na perenidade dos seus estudantes, com ou (...)
Coimbra é uma lição De sonho e tradição O lente é uma canção E a lua a faculdade O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer Saudade
Coimbra está distante fisicamente, mas sempre presente como impressão que me enebria os sentidos e purifica o espírito. Na minha última visita a esta inspiradora cidade, reavivaram-se memórias sobre o tempo mítico de quinhentos, que inspirava Luís Vaz de Camões. Dos seus poemas nutro especial carinho por (...)
Adoro visitar Coimbra. Adoro sentar-me na esplanada do Fórum. Extasio-me com as águas ancestrais e serenas do Mondego, onde repousam amores e desamores de milhares de gerações. Embebedo-me no verde dos seus frondosos arvoredos. Perco-me no casario ondulante das suas encostas que me lembram cidades miniaturas construídas com peças lego. Observo e contemplo. Relaxo o corpo e aquieto a mente. Fujo por momentos ao um quotidiano repleto de cinismo, de mentira, de traição. E não fora (...)