Rei morto, rei posto, sai um presidente entra outro. E foi grande a festa, pá. O que saiu não deixou saudade, o que entrou trouxe esperança. E foi grande a festa, pá. Houve discurso, animação,comida e cantoria, como num casamento. Gente feliz. E a folia prolongou-se por três dias, como nos casamentos ciganos. O povo merece depois de dez anos de solidão presidencial. Mas agora esperamos que a Presidência não se transforme numa agência de espectáculos, e o novo Presidente num (...)
Cavaco Silva escolheu para o imortalizar na galeria dos presidentes da República, o pintor Barahona Possolo. Este pintor tem como matriz a pintura de nus, com muitas referências à Antiguidade Clássica. O erotismo está (...)
Ainda a procissão não saiu do adro, ou melhor, ainda a campanha presidencial não saiu da doca, e já o porta-aviões da direita levou um tiro da sua própria frota. Danos colaterais.
MG
Ao que tudo indica, o senhor que ocupa a Presidência da República, assume-se mais primeiro-ministro que Passos Coelho. Já lhe conhecíamos a faceta de partidarismo na condução das suas funções. Tem-no demonstrado até à saciedade durante este segundo mandato. Agora que chegasse a este radicalismo de considerar que toda a crítica feita à governação e aos comportamentos incorrectos dos governantes, não passa de trica partidária, roça o absurdo e envergonha o ridículo. Para (...)
Vivemos num país de pequeninos. De um governo pequenino , de uma justiça pequenina, de uma educação pequenina, de uma saúde pequenina, e para cúmulo dos nossos pecados, de uma responsabilidade pequenina. E diz-se que os exemplos devem vir de cima. Mas, se de cima, senhores e senhoras ou viceversa, só vêm actos de pequenez, como pode, aqui e agora, haver acções de grandeza, como já houve em tempos idos, graças a gente valente.
Assistimos impávidos e serenos, todos os dias, a (...)
O Relvas foi-se embora
E a vida pra mim mudou
O que vou fazer agora
Sem um clown para o show
As horas são mais sombrias
Os dias parecem anos
Foram-se as alegrias
De enganos e desenganos
Ficam as análises frias
Dos verdadeiros ciganos
Ó tempo volta pra trás
Ameniza a minha pena
Pois quero voltar a ouvir
Relvas Grândola morena
Á sombra de uma azinheira
Já só resta a saudade
De ouvir a versão foleira
Na voz da minha cidade
Ó tempo volta pra trás
Com (...)
1.ª sessão: o diabo era o outro? O diabo era o outro. Deixou a escuridão do inferno e eclipsou-se na luz da cidade do iluminismo. O inferno do outro foi ocupado por pretensos querubins, acompanhados por ladainhas de esconjuro. O inferno ia finalmente ser resgatado, o purgatório estava à vista e o céu logo ali. Uma multidão de incautos com auréolas disse amen e rejubilou. Cairam no conto do vigário como um patinho simplório. Agora fazem procissões a pedir o fim do (...)
ADVERTÊNCIA: Esta ficção (condizente ou não com a realidade) não é aconselhável a menores de idade e a pessoas sensíveis. Naquele dia de Junho, dos anos 60 a camioneta da carreira da tarde esgotou a lotação. Ao longo do seu percurso na serra algarvia foi-se enchendo de mancebos que demandavam a sede do concelho, onde no dia seguinte se apresentavam às sortes. Entre eles viajava Aníbal Cavaco, jovem ainda imberbe mas que ia ser sujeito à prova de aptidão para soldado da nação. (...)
Não tenho dúvidas só tenho certezas: a maioria dos pensionistas ganha menos de quinhentos euros, muitos ganham menos de mil euros para sobreviver e ainda prescindem de subsídios para ajudar o país; houve pensionistas a quem o governo retirou, euros às suas magras reformas; Cavaco recebe cerca de dez mil euros e diz que está endividado. Só há uma explicação: o senhor Presidente encontrou a solução para tirar o país do desânimo em que se encontra: ultrapassar os (...)