Somos Charlie Hebdo
A humanidade deparou-se com mais um ataque bárbaro. Como em ataques semelhantes, indivíduos sem rosto e sem identidade, massacraram cidadãos inocentes. Gente sem escrúpulos, sem religião, sem cultura, sem valores, mostraram o lado mais negro do género humano: a bestialidade. A abominável violência que praticaram não tem explicações lógicas. É fruto de mentes a raiar a loucura.
A civilização ocidental tem milhares de anos de evolução humanista, duas décadas de assunção da liberdade, e outros tantos de luta pela igualdade de facto. Os que não aceitam o direito do homem a ser livre, gostariam de fazê-lo regressar aos tempos do obscurantismo. Mas a conquista da liberdade, de pensamento e de expressão, já está inscrita no ADN da humanidade. E estes actos de violência gratuita acabarão por reforçá-la.
A resposta está ser dada espontaneamente por milhares de cidadãos em todo o mundo. Neste processos mostramos que a barbárie não passará. A liberdade hoje chama-se Charlie Hebdo. Mas esta demonstração de defesa dos valores humanistas precisa de ir mais além. Precisa de uma reflexão sobre como lidar com este fenómeno. Tem de se reformular a política de armamento bélico em detrimento de investimento, em sistemas de segurança e informação, que visem acompanhar de perto estes movimentos de fanatismo. As populações não podem estar na mira de assassinos, que usam a nossa liberdade para a procurar destruir.
MG