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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

03 Out, 2015

Reflexão

Hoje é dia de reflexão. E muito temos que reflectir. Decerto sobre o nosso quotidiano pessoal em consequência de actos governativos dos últimos quatro anos. Mas para além disso temos que pensar que somos uma nação secular que se construiu com dificuldades e com muita determinação pessoal e colectiva. Nessa perspectiva, temos de considerar que o que está em causa é o nosso destino como país. Um país orgulhoso da sua história, com altos e baixos, mas disposto a defender a sua cultura e a sua identidade no contexto uma UE que procura criar cidadãos europeus de primeira e de segunda. À frente da governação tem de estar gente que saiba defender os interesses nacionais. O Governo que elegermos tem de garantir a defesa do Estado Social: a saúde, a educação, o apoio aos mais idosos, aos mais desfavorecidos, à formação profissional e cultural dos mais jovens. Tem de desenvolver condições para para unir e não desunir gerações. Tem que ser constituído por gente séria e de palavra que assuma compromissos e os cumpra. A decisão final é muito simples: ou queremos continuar com quem nos governou ou queremos  mudar de forma segura para um futuro de esperança. Para completar esta reflexão pessoal acrescento parte de um texto do escritor Baptista Bastos, publicado no Jornal de Negócios em 2/10/2015 e intitulado, Estamos Todos em Perigo:

 

"Nenhum órgão de comunicação nos adverte dos perigos que corremos, no caso de a candidatura de direita vencer. E mais acentuam as debilidades evidentes de António Costa, alvo e objecto de um cerco que também se ergue no seu próprio partido. Repare-se que só agora começaram a aparecer, nos comícios e nas “arruadas”, alguns dos próceres do PS, e que a Imprensa é extremamente hostil a António Costa. Seria bom que, no final da contenda, houvesse um estudo sociológico desta campanha, a fim de se aferir a integridade dos protagonistas. E, também, das alterações registadas em órgãos de comunicação; os saneamentos, as trocas de lugares e de funções.

A perturbadora manipulação a que temos sido submetidos faz lembrar, e não muito tenuemente, tempos antigos, de que muitos de nós ainda se lembram. Há uma poderosa ofensiva contra a inteligência e contra a revelação dos factos. Os programas das televisões parecem tratados de bestificação. O futebol, esse, está a todas as horas e a todos os instantes: antes, durante, antes e depois. E provoca comiseração ver jornalistas que nos habituámos a admirar e a respeitar predispostos a colaborar na infâmia, a troco de uns tostões miseráveis. Não esclarecem, não criticam, não advertem.

O que está por detrás de tudo isto é algo de tenebroso e de maléfico. É preciso e é urgente sacudir a ignomínia do nosso círculo. Estamos todos em perigo"