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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Dia dos namorados tira-me do sério. Descrimina. Mas como não tenho sangue de barata, fiz-me à vida e resolvi procurar uma namorada. Como o tempo é curto lembrei-me da história da Carochinha. Coloquei-me, estrategicamente, numa janela e lancei o meus slogan: quem quer casar com o Carochinho que é charmoso e está sozinho.

Esperei, esperei e nem vivalma. Nem burra, nem vaca, nem cabra, nem gata, nem macaca, nem rata, nem brasileira né(?).Mas que se passa? Será que já não há almas namoradeiras? Tem que haver. Matutei, matutei e quando esta cabeça conjuga o verbo matutar, matuta mesmo. Se não passam debaixo da minha janela devem estar todas esparramadas nas redes sociais. Só pode. Tenho de mudar para essa janela e depressa.

Lá está. No"face" não faltam faces lindas. Mas quem vê caras não vê corações apaixonados. Nem se sabe o tom da sua voz, se acordam as criancinhas, a melhor coisa do mundo, com o seu ressonar.Nem tudo é perfeito, é o que é, ponto. Como não tenho alternativa, arrisco: donzelas, senhoritas, senhorinas, Vintages, trintonas, quarentonas...casadas, mas pouco, desquitadas, viúvas de sentimentos... quem quer namorar, numa onda gravitacional, com um Carochinho, um planeta cadente à procura da sua estrela bué carente. Ainda não ganhei o euromilhões, mas já recebi uns trocos da reposição salarial. Decerto não dá dar ter uma lua satélite, mas prometo  um encontro imediato de terceiro grau antes  de cair no caldeirão da impotência. 

Aceito todas as candidaturas, com excepção das que fogem à regra. Entre outras, e porque não quero cair num buraco negro rejeito caronas, tipo Maria Cavaca, gémeas de nariz empinado como as irmãs Mortágua, garotas que já sofreram muitos golos, tipo Irina.  O caso é sério. Que S. Valentim vos inspire.