Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Os centros comerciais são hoje uma mancha na paisagem urbana deste país à beira mar. São uma espécie de Meca da sociedade de consumo. Ir a esses lugares de compras e encontros tornou-se um vício colectiva. Não me quero armar em iconoclasta. Não fujo à regra. Vai não vai dou comigo preso dentro desses espaços. Calcorreio corredores mais ou menos adornados por outros passeantes, mas fujo às promessas de felicidade, que como sereias da ilha dos amores, nos chamam a cada passo. Mas há uma tentação a que nunca resisto: veste-se de papel, alimenta-se de letras, odoriza-se de tinta.

A minha perdição nas catedrais da nossa ilusão de felicidade, são as livrarias. Dentro delas vivem os livros e dentro deles as palavras agrupadas em linhas, que nos permitem viajar por mundos reais ou imaginários. Linhas como carris por onde circula o olhar numa viagem sem limites. Nas páginas de cada livro mergulhamos num mar de saberes, de emoções,de memórias infindas. É aí que me perco, que esqueço noções de tempo e espaço, que vivo em mundos paralelos, que me esqueço de mim e das hipocrisias de um quotidiano de horizontes limitados. Perdido numa livraria, perdido entre livros e nos livros, acabo por me encontrar no encontro comigo mesmo.

MG