Prédica de Pedro aos mexilhões
Ouvi-me com atenção mexilhões. Eu sei que estais habituados a bater na rocha, especialmente se o mar estiver agitado. Até ganhaste uma carapaça protectora e ainda bem senão já estáveis em via de extinção. Mas isso foi chão que já deu uvas. Se calhar, não entendeis a minha linguagem conotativa. É normal. Fostes criado para apanhar na tola e não a usar com racionalidade. Essa função foi destinada aos eleitos de que faço parte, com muito poucos como a D. Merkel, o Schaulble, e poucos mais. O que vos quero dizer, na vosso linguajar é que comigo já não sois os mais fodidos. Quem são perguntam vocês? Olhem e vejam. São essa camada de ricos e poderosos. Quais? Olhem os banqueiros, os políticos, que como podem ver andam todos numa fona. Não percebem? É fácil. Leiam o Correio da Manhã e o Sol. O quê? Os funcionários públicos? Os reformados? É verdade que se tiraram alguns direitos a esses. Mas deixai-me ensinar-vos na vossa ignorância: não são mexilhões, são moluscos, são uma cambada de gastadores inúteis a sugar-vos o sangue e o dos vossos descendentes. Ou seja lixam-vos e ainda se babam. Queriam comer-vos mas eu não deixei. Mas afinal quem são os mexilhões? Sois vós quando votais, porque tendes esse direito e deveis usá-lo a meu favor. E confiai na minha palavra. Eu sou Pedro e o que vos digo está dito. Ámen.
MG
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