O "homoface"
As redes sociais são como a pólvora. É benéfica ou prejudicial de acordo com a sua utilização. O mesmo se passa, por exemplo, com o facebook. Tanto serve para divulgar assuntos com alguma utilidade, como, na maioria das vezes, para dar voz a todo o tipo de dislates. Por essa plataforma circulam, sem qualquer freio, disparates, cretinices, absurdidades. É o melhor espelho da estupidez humana.
Nas redes sociais e em nome da liberdade, (que liberdade?) ofende-se, desrespeita-se, insulta-se, julga-se com a maior impunidade. O "homoface" representa uma involução na humanização da espécie. A acultura como método, a ignorância como argumento, a palhaçada como humor, são a base genética dessas plataformas.
E quem pensa, com desprimor, que são reflexo de "gentios" sem alma, engana-se redondamente. Por lá pululam figuras gradas da política considerada em todas as vertentes. Veja-se a palhaçada que se desenvolve entre dois altos representantes de grandes clubes de futebol, para gáudio das turbas ululantes. Um Presidente que não consegue evitar que lhe fuja o pé para o chinelo e um Director que pelos vistos nem chinelo tem, alimentam um "debate" que pode ser considerado o cúmulo da cretinice. Que exemplo de urbanidade, bom senso, tolerância e inteligência dão às massas que representam! Tudo leva a pensar que não sabem o significado de ridículo. São, ao fim e ao cabo, a face visível do grande iceberg do "homoface". Não havia necessidade.