Holocaustos
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A Europa continua num desvario. De há anos que o projecto de unidade europeia, iniciado no pós-guerra, está a dar tiros no pé. O principio de solidariedade entre nações que visava criar um espaço economicamente dinâmico e socialmente equilibrado é cada vez mais uma ilusão. Os demónios da xenofobia renascem paulatinamente das cinzas. A divisão entre os laboriosos do norte e os preguiçosos do sul está na ordem do dia. A Alemanha recuperada da hecatombe da segunda guerra mundial, com a contribuição de toda a Europa, voltou ao seu registo da supremacia arrogante. A União Europeia definha perante a passividade de dirigentes e povos.
No dia em que se comemora o dia para recordação do holocausto era bom reflectir sobre o caminho que a UE está a seguir. Os políticas da direita liberal estão a criar, irresponsavelmente, as condições que podem dinamitar de vez a construção de uma sólida união. A aposta no capitalismo selvagem, no predomínio dos mercados financeiros a não ser travada conduzirá a Europa para a estaca zero das rivalidades entre nações. E então os holocaustos podem voltar às nossas vidas, não como recordação, mas como realidade. Quem dá aos políticos uma lição de História?
MG