Há petróleo em Alvalade
Sou sportinguista sem filiação em qualquer facção do clube. Nem brunista nem anti-brunista. Não me identifico com comportamentos,e com certas atitudes do Presidente. No entanto, a forma como lidou com a situação financeira procurando equilibrar despesas e receitas e diminuir custos surpreendeu-me. Apesar disso, soube escolher bons treinadores e com os meios existentes conseguir bons resultados.
A sua atitude guerreira disparando em todas as direcções e arranjando conflitos judiciais por tudo e por nada, processos atrás de processos, começaram a deixar-me preocupado. A sua sede de protagonismo, a sua personalidade de superego, confundindo a sua pessoa com o Sporting, causaram-me fortes receios. Contudo, continuei a acreditar. Ainda há pouco tempo dei a minha contribuição para a missão Pavilhão, mas já estou arrependido.
As minhas desconfianças comprovaram-se. O homem não respeita os contratos assinados. E nesse aspecto faz-me lembrar o senhor Vale e Azevedo de má memória. O despedimento com justa causa(?) de um jovem e promissor treinador, que acabou de vencer o primeiro título em sete anos, foi a cereja em cima do bolo. Ética, respeito, compromisso não fazem parte do seu vocabulário.
Depois da contenção, depois de recusar um único reforço ao seu treinador, eis que num estalar de dedos, o dinheiro começou a jorrar a rodos. Contrata-se um técnico que vai ganhar 15 milhões em três anos. Fala-se em mais dinheiro para reforços sonantes. Estranho. Sobretudo porque o dinheiro não brota das pedras. Mas pode brotar do petróleo. Não encontro outra explicação: há petróleo em Alvalade.
MG