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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

As eleições europeias puseram o dedo na ferida. A política de austeridade inventada em beneficio próprio pela actual troika do norte, em benefício próprio, está a conduzir a Europa para um abismo. Os países do sul empurrados para o empobrecimento, assumem o desânimo como forma de vida. A extrema direita galga terreno e ressuscita os demónios do racismo, excomungados no pós-guerra. O projecto da união europeia que deu corpo a décadas de prosperidade e de paz, está prisioneiro de concepções ultra-liberais retrógradas. O cada vez mais elevado número da abstenção, deixa a Europa à mercê de radicalismos de sentido contrário. Os partidos de poder ocupados por burocratas sem alma, estão nas mãos do mundo financeiro. Ou se arrepia caminho ou se entra num retrocesso civilizacional imprevisível.

 

Nós por cá todos bem. A alta abstenção comprova a indiferença. A dispersão de votos  mostra a falta de crença numa solução alternativa. O governo tem uma derrota significativa e assobia para o lado. O PS ganha mas perde as eleições. Não foi capaz de capitalizar o descontentamento. Seguro entra em triunfalismo irresponsável. Perdido no seu labirinto de irrealismo, põe o seu interesse pessoal acima do interesse nacional. Finalmente levantou-se Costa, o único na área da oposição capaz de mobilizar a descrença. Mas será capaz de derrubar as muralhas de um aparelho partidário dominado por pequenos poderes de yes mens? Para já barricaram-se na sua inconsciência. O que de melhor saiu destas eleições foi, na minha opinião, a revolta de Costa contra a liderança sem chama e sem ideias de Seguro. Começa, finalmente, a surgir uma esperança, que pode evitar cairmos num pântano político e numa vida de mediocridade sem perspectivas. .

 

MG