Beija mão
Portugal construiu a sua independência quando rejeitou as vassalagens. Numa luta, inteligente, de afirmação, Afonso I, foi ganhando batalhas no contexto internacional. Delineou uma estratégia de progressiva conquista de apoios. Passo a passo fez de uma de facto uma independência de jure. É certo que se soube reunir de gente de grande qualidade. Sem esta conjugação de vontades transformadas em acção este pequeno território nunca teria sido uma nação. Teria sido submersa na voragem castelhana.
Estamos hoje a viver um período que está nos antípodas desse tempo glorioso. O país encontra-se refém de gente sem qualidade, sem ideias, sem brio. Recebeu um mandato democrático para governar o país de acordo com a Constituição: manter a independência nacional e respeitar os direitos dos cidadãos. Não o está a cumprir. Está a entregar a nossa soberania à poderosa Alemanha da senhora Merkel. Neste processo se enquadra a vassalagem que continua a prestar-lhe em mais um beija mão. Recebeu os justos elogios pelo trabalho de desbaratar uma independência secular, no seu papel de vende pátrias. Até quando?
MG