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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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20 Nov, 2015

A força de Paris

Há muitas diferenças entre Paris e os extremistas islâmicos. Mas há uma que é a mãe de todas as diferenças. É a democracia, com todos os seus defeitos. E Paris está na génese dessa grande mudança. Foi ali que no final do século XVIII, se deram os acontecimentos que levaram à substituição do poder absoluto por uma república parlamentar. Foi ali que caiu o poder secular da nobreza e ascendeu ao governo a classe económica dominante, designada como burguesia. Ali assumiu o sistema capitalista a sua plenitude.

O Islão, com uma ou outra excepção, nunca saiu do absolutismo, mantido em muitos países debaixo da ortodoxia religiosa. A separação entre a igreja e o estado é um passo fundamental no caminho de uma sociedade progressista. A educação universal e laica outro passo fundamental. A distribuição mais equitativa da riqueza um passo decisivo. Os ditadores de muitos países árabes, eternizam o seu poder, na manutenção do dogmatismo religioso como suporte ideológico dos seus regimes. Paris como símbolo da revolução democrática é um demónio a estigmatizar.

O controle da mentalidade das suas populações passa por diabolizar o modo de vida ocidental, de que Paris é alfa e ómega. Daí que os extremismos promovam o ódio contra o bem estar que a cidade luz representa. Nesse sentido será um alvo privilegiado. Como tal tem que aumentar o nível de alerta. E no campo da educação, deve o Ocidente utilizar todas as vias e todas as oportunidades, para tirar as populações do obscurantismo a que estão sujeitos. Só esta revolução pode libertar aqueles povos do fundamentalismo que os oprime.