A Grândola está a ser adoptada como senha de movimentos de contestação informal, isto é sem enquadramento partidário. Cantar a canção de Zeca Afonso foi a forma de expressão mais eficaz de tornarem a contestação visível. Não vejo nestas acções pacíficas de protesto, qualquer limitação da liberdade dos governantes, como deputados PSD e outros papas da opinião (ex: Barreto) querem fazer crer. É que o conceito de liberdade não pode ser unívoco como muito bem se lembra (...)
As normas que regem as sociedades democráticas não são arbitrárias. E mesmo os estados totalitários respeitam as suas leis escritas. É essa a essência de um Estado de Direito, seja qual for o seu regime político. Quando os governantes de um país interpretam as leis existentes a seu bel-prazer entramos na deturpação do Estado de Direito.
Em Portugal as pensões dos cidadãos estão definidas por normas. Nesse sentido estas estabelecem os descontos que os trabalhadores têm (...)
o mesmo sorriso, a mesma pessoa? A memória é curta, mas ainda me lembro que houve um primeiro-ministro chamado Cavaco. E se a fraca memória não me atraiçoa, governou Portugal durante doze anos. Governou ou desgovernou? A história o dirá. Entrou no comboio do poder quando este deslizava nos carris dourados da adesão à CEE. Foi a época das fundos que engordaram as vacas, especialmente as do cavaquismo. Mas foi também a época em que emagreceram as pescas, definhou a (...)
Nasci no Estado Novo. A República era então uma caricatura do regime fundado em 1910. Os seus valores com destaque para a liberdade foram submergidos pelo chamado interesse da nação, enquanto entidade mítica, acima de tudo e de todos(a maioria). Como se a nação não fosse a vontade e a expressão de todos os cidadãos. Como se a nação se confundisse com vontades de alguns iluminados e interesse de outros tantos. Embora ainda debaixo da capa formal da democracia, restaurada em (...)
A resposta a um texto de Victor Ângelo no blog Vistas Largas, que muito aprecio, permitiu-me fazer uma reflexão sobre a situação grega no contexto europeu e que aqui reproduzo: Não sou uma "personalidade" e por isso não assinei o manifesto em defesa dos gregos e assinada por Mário Soares e outras personalidades, mas e independentemente do seu valor simbólico assiná-lo-ia sem hesitar. Admito que os gregos viveram acima (...)
oindefectivel.blogspot.com Na fábula/metáfora de George Orwell, o Triunfo dos porcos, faz-se uma crítica aos regimes ditatoriais e mais especificamente ao grande ditador Estaline. No tempo em que Orwell escreveu esta ficção, a ameaça número 1 às democracias ocidentais eram os regimes comunistas. Daí o estabelecimento da guerra fria que manteve o mundo em paz (com excepção de alguns conflitos regionais) durante cerca de meio século. Este inimigo ,estava referenciado (...)
A democracia é o governo do povo. O povo elege os seus governantes e estes governam no cumprimento do mandatp recebido. Neste sentido quem tem legitimidade para governar a Europa são as instâncias que emanam do Parlamento Europeu. Têm legitimidade mas não a usam ou melhor não a deixam usar. Na prática quem (des)governa a Europa sem terem recebido mandato popular são frau Merkel e monsieur Sarkozi. Trata-se de um golpe de estado palaciano que instituiu um directório à revelia (...)
Em Defesa da Democracia, da Equidade e dos Serviços Públicos
Os signatários reconhecem a necessidade de medidas de austeridade, mas aquelas medidas são excessivas e iníquas
As medidas extraordinárias inscritas na proposta de Orçamento para 2012 põem em causa alguns dos princípios fundamentais do Governo democrático e do Estado de Direito, porque contrariam em absoluto vários compromissos eleitorais fundamentais, bem como a necessária igualdade e justiça de tratamento (...)
blogdamariazinha.wordpress.com A democracia não é um regime perfeito. Do ponto de vista teórico assenta em princípios e valores incontestáveis. Mas entre a teoria e a prática existe uma distância colossal a distância entre a pureza dos princípios e a contradição da natureza humana. Surgem então tantas interpretações da aplicação dos valores democráticos, quantos os interessses pessoais e colectivos, os contextos, as oportunidades e os oportunismos. E o mais (...)
Agencias de Rating. rankia.com Alguém me sabe dizer o que são agências de rating. O que representam? Quem representam? Quem as elegeu? Qual a sua legitimidade? Qual a sua representatividade democrática? Que critérios objectivos utilizam? Que crédito merecem? Quem as sustenta? E as fracas lideranças europeias, legitimadas pelo voto popular , o que andam a fazer no meio desta verdadeira lixeira? MG