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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Ao contrário de António José Saraiva,  sou provinciano. Nasci na província e tenho muito gosto nisso.

Não nasci em berço de ouro, nem frequentei os liceus do regime fascista. Aliás não estavam ao meu alcance. Comecei a trabalhar aos catorze anos e nunca mais parei.

Fiz todos os meus estudos como trabalhador-estudante e graças ao 25 de Abril, que me abriu portas, cheguei à Universidade por mérito próprio e licenciei-me em História.

Fiz a tarimba da vida, passei por muitas profissões e terminei a miha carreira como professor. Devo-o ao meu esforço, ao meu mérito, à minha inteligência. Não tive ajuda de berço, nem de qualquer posição familiar e social.

Conheci Guterres no longinquo ano de 75, quando militava no PS porque queria acabar com as injustíças de que eu própio fui um protagonista, quando vivia  em casas sem as condições básicas e ganhava salários de fome para poder enganar a mesma. Nunca conheci Sócrates ou Armando Vara, nem outros políticos provincianos, mas admiro-lhes  as capacidades e reconheço-lhe méritos na sua acção política, apesar de eventuais erros que possam ter cometido.

Acho lamentável que um director de jornal, fazedor de opinião, aproveite essas páginas para expor de forma caluniosa as suas pretensas verdades assentes em tortuosa premissas:

Os provincianos deslumbraram-se com a cidade

A cidade não deve ser para provincianos

Os provincianos que vêm para a cidade são desonestos.

Invoca o caso Freeport. Nunca se provou nada contra Sócrates

Invoca o caso face Oculta. Sócrates não é citado.

Invoca conversas que  indiciavam crime contra o Estado de Direito. O Procurador- Geral diz que não.

O Primeiro-ministro, nunca foi inciado pela justiça, mas já está condenado pelo Sol.

Muito baixo desce um jornal, quando, para sobreviver não olha a meios para atingir os seus fins.

 

PS- Estas breves linhas nunca serão lidas por tão ilustre citadino, mas se algumas vez chegassem à Província, gostava de deixar este conselho aos futuros pais provincianos:

 

MUDEM-SE ETODOS PARA A CIDADE .JÁ.