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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

batutaebiruta.wordpress.com

 

No tempo em que o consumismo não tinha condicionado o nosso quotidiano, a distribuição de alimentos concentrava-se numa vasta rede de mercearias. Muitos jovens, com horizontes limitados, abandonavam então as suas aldeias, para servir como marçanos nas pequenas lojas dos grandes centros urbanos. Os merceeiros eram pessoas remediadas, simples, humildes pouco cultos, mas educados. Repartiam a sua casa com os marçano que subia íngremes escadas, de cabaz às costas, para entregar produtos aos fregueses.  

 

Os merceeiros do consumismo ( chamados empresários) dirigem poderosas cadeias de distribuição, divulgadas por máquinas de propaganda muitas vezes enganosa. Auferindo lucros fabulosos, estão a anos luz dos pequenos lojistas que foram destruindo. Um desses neomerceeiros ( SR. Soares Santos) tratou na comunicação social,  o primeiro-ministro de Portugal, no verbo e no tom como se fosse um seu marçano.

 

 Independentemente de gostarmos ou não engenheiro Sócrates, de acharmos que é competente ou incompetente, honesto ou desonesto, bestial ou besta, merece como qualquer cidadão ser respeitado."Não basta ser rico para ser bem educado" mas a regras de boa educação fazem parte da matriz humana que distingue a civilização da barbárie. Um homem mesmo montado nos seus milhões tem de saber colocar a crítica e a discordância um nível acima da  atitude de carroceiro. (sem ofensa para os mesmos). Ao fim e ao cabo já subiu ao nível de merceeiro.

 

Zé Cavaco