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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

 

Esta chaminé avivou-me recordações da minha infância. Recordei-me dos serões passados à volta da lareira nas longas e frias noites de inverno. Nesses tempos não havia televisão para nos dominar a mente, nem internet para criar realidades paralelas ou vice-versa. Vivia-se a realidade  real das alegrias e das tristezas do dia a dia: do pão ou da sua falta, da saúde ou da doença, do trabalho ou do lazer, da esperança ou da falta dela... Era o convívio simples e ingénuo  da própria simplicidade. Era a liberdade de ser livre, livremente, sem imposições de qualquer liberdade. Era o tempo mítico em que a justiça ou a injustiça pertenciam aos tribunais e não aos media.

Esta e outras chaminés idênticas, assim como o seu simbolismo, tendem a ficar esquecidas, como pedaços de memórias de um tempo inexistente. No seu lugar erguem-se chaminés de ignomínia, de injúria, de infâmia, de devassa, de desrespeito, de falsidade. Tudo em nome da defesa da liberdade de quem nunca dela se viu privado.

MG

 

Naçao Valente às 23:30