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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

05 Nov, 2010

Mercados

Os malditos juros da dívida continuam a subir. Mas porque razão, interroga-se estupefacto o  comum cidadão. O Orçamento foi aprovado, a crise política está em stand bye e os juros parecem cegos e surdos! Ouvi um economista insuspeito afirmar na Tv que esta subida é geral e decorre das intenção de agravar os castigos aos países incumpridores ppropostas no Conselho Europeu pela fraulein Merkel com o beneplácito do monsieur Sarkozy.

 Pouco preocupados com a situação real dos povos mais frágeis da União , estão a concretizar um velho plano que consiste em assumirem o controle do velho continente. Num texto que escrevi em Maio deste ano e que hoje vou recuperar, alertava para esta situação. À boleia da crise a  estratégia  passa por colocar de joelhos os paises pequenos e depois colocar-lhe a canga com toda a naturalidade.

 

 Hitler e Merkel estão separados por um abismo. Abismo temporal, abismo posicional, abismo conceptual, abismo ideológico. Mas numa coisa estão unidos, diria até quase plasmados: no desejo de construir uma Alemanha poderosa e dominadora em termos europeus. Uma Alemanha que extravase as suas fronteiras tradicionais e as prolongue por todo o velho continente. Hitler tentou concretizar esse projecto, utilizando uma ideologia rácica e musculada. Merkel , utiliza tácticas e métodos diferentes. A Alemanha aprendeu com as derrotas que em vez de utilizar a  razão da força pura e dura, tinha que, com mais subtileza e inteligência, usar a força da razão . E está paulatinamente a concretizar os seus objectivos, de certa maneira aliando-se à única e velha inimiga, que como sempre o fez lhe podia tolher os passos. Em resultado dessa estratégia, o verdadeiro governo da Europa encontra-se cada vez mais centrado no eixo franco-germânico. É verdade que muitos países se foram pondo a jeito, mas estou convicto que mais tarde ou mais cedo, duma maneira ou de outra ,isso acabaria por acontecer. A tendência será o centro económico e financeiro transformar-se no centro político à volta do qual girarão como satélites os países da periferia. E isto, vendo bem, ainda é melhor que ficarmos fora de órbita em autêntica roda livre.

 

Portugal foi, em tempos, quando havia ambição, coragem e gente   valorosa  o país que procurou encontrar alternativas ao eurocentrismo. E aproveitando a sua vocação marítima criou oportunidades de verdadeira independência que depois não teve engenho para manter. É certo que construiu pontes que hoje constituem uma mais valia, mas o certo é que no contexto actual, a sua sobrevivência passa por perder autonomia em detrimemto  do núcleo dominante no espaço europeu. E isto é que é a realidade. Se governa o "incompetente, mentiroso e mau-carácter" Sócrates ou o já proclamado salvador da pátria Coelho, é apenas politiquice barata.

 

MG