Nau Catrineta
Ao longo das estradas da quente Andaluzia, num verão tórrido de certo por culpa dos ciclos naturais, mas certamente também pelos desvarios do homem na destruição do seu habitat, vejo laranjais , laranjais , laranjais. É uma mancha verde a perder de vista e que contrasta com a aridez do outro lado da fronteira. E isto marca a diferença entre a organização e a planificação e o improviso da politica lusa. Neste como noutros casos lembro , por exemplo, os disparates cometidos na educação com a criação dos mega agrupamentos ou o encerramento de escolas do 1.º ciclo com menos de vinte alunos. Se não for má fé é incompetência pura. Adoro o meu país , mas não me consigo rever na mediocridade que tomou conta de certas áreas da governação. Entretanto vou viajando pela Andaluzia para esquecer, temporariamente, tristezas de uma nação pateticamente alegre. E remomerando , para me animar, lembranças de tempos mais gloriosos, lembrei-me deste poema, musicado e cantado por Fausto.
MG