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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

 

Disse Jesus no Sermão da montanha:

 

Não podeis servir a Deus e às riquezas (...) Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? Por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam, contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles.

 

Mateus 6:24-33

 

Quantas vezes passamos a vida sem servir a Deus? Tantas. O mesmo não se passa com o serviço à riqueza. Passamos a vida a servi-la por opção obrigatória. Assim o exige a riqueza. Condiciona a nossa vida do berço ao túmulo. Adoramo-la mas nunca a alcançamos. A mensagem dos evangelhos não foi levada a sério. Nesse aspecto estamos como sempre estivemos.

 

O lema é: quem não trabalha não come. Fomos carne para canhão em guerras sujas pelo dinheiro. Enchemos de lágrimas vales de tortura. Tingimos de sangue rios de ganância. Acrescentamos riqueza a mais riqueza, sempre mais riqueza de que não beneficiamos. Criámos com dor os filhos que dão corpo às nações. Branquearam os cabelos, perdemos o viço, ficámos velhos. Dizem-nos: não produzes e estás a comer? Não há direito.

 

Depois se séculos e séculos de humanismo cristão, depois de séculos e séculos de luta com a riqueza nasceu o Estado Providência. Uma acha divina no reino da exploração. Mas bastou uma pequena brecha no muro da igualdade social para a besta do apocalipse, apenas adormecida, voltar a cavalgar. Debaixo da sua pata estão sobretudo os mais fracos, os velhos. Já não semeiam nem colhem, são um empecilho. É preciso exterminá-los. Assim se começa a retirar-lhe as pensões que pagaram durante a vida de trabalho, para que vão desaparecendo numa lenta agonia. Assim se vai mandando para as urtigas o Estado Providência. Ainda não houve coragem para os liquidar de vez. Por este caminho não faltará muito. É altura de revolta contra os senhores do dinheiro. É simples: basta deixar de os servir. eles que produzam. Olhai os lírios do campo...

 

MG

 

 

 

  

 

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