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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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08 Set, 2013

Esperteza saloia

Passos Coelho tem um lugar garantido na História. Não o terá como governante lúcido, honesto e competente que não é. Muito menos o obterá como grande estadista  que nunca será. Também não ganhará esse lugar por ter destruído em tempo recorde o débil tecido económico português com todas as consequências que se conhecem.

 

A História recordá-lo-á como inventor de tiradas anedóticas sem sentido e sem nexo. Quem não se lembra do "temos de empobrecer", do "vivemos acima das nossas possibilidades" do "não podemos ser lamechas" do "que se lixem as eleições" entre outras. Quando se esperava que moderasse esta faceta ridícula voltou à carga com mais duas pérolas dignas de antologia: "deixemo-nos de lamúrias" e com a atribuição aos opositores do epíteto de "esperteza saloia".

 

Se alguma qualidade clara se lhe reconhece é precisamente a esperteza saloia ou "chicoespertice", agravada com a convicção de que veio ao mundo com a missão de endireitar o que está torto. Sente-se imbuído de uma tarefa divina para a qual foi ungido. Lamechas, lamúrias, sofrimento dos cidadãos são coisas comezinhas. E criar um clima de guerra civil, atirando cidadãos contra cidadãos, para melhor reinar, o que é senão esperteza saloia?

 

As flutuações económicas e sociais são sempre transitórias. A uma curva descendente seguir-se-á uma ascendente. São fenómenos cíclicos sobejamente conhecidos. Contudo, Passos Coelho ficará como um fenómeno genuíno de ausência de pensamento racional. O seu comportamento levará "historipsicólogos" a estudá-lo como um caso de perturbação talvez a raiar a esquizofrenia. Os seus contemporâneos pagarão com língua de palmo e muitas lamúrias terem acreditada na sua esperteza saloia.

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