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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

imagem padom.com br

 

A separação do mediático autarca Fernando Seara e da mediática jornalista Judite de Sousa, tem alimentado as primeiras páginas da imprensa, especialmente, as das revistas cor de rosa, neste quente verão. E tudo porque o autarca/comentador desportivo, foi apanhado a dar umas facadinhas no sagrado matrimónio. Foi apanhado ou deixou-se apanhar nas armadilhas do SMS. A ser verdade o que se diz e escreve, traiu, mentiu e assumiu.

 

Nos tempos idos, podia um homem de muito alimento ou mal alimentado em casa, dar umas voltinhas por fora sem arranjar grandes problemas com a legítima. Ou porque não era descoberto ou porque, quando o era, falava mais alto a estabilidade familiar. Sem recurso a tecnologias avançadas, a mulher desconfiada da alteração das rotinas do marido, tinha de recorrer a cartomantes, que quase sempre confirmavam a presença de intrusas na harmonia familiar "vejo aqui rabo de saia, as cartas não mentem". Outras vezes, eram as bocas do mundo, que buzinavam aos ouvidos da traída desvairados boatos. Contudo, quando interpelado o traidor, logo se desfazia em mentiras e mais mentiras. "Ora mulher, tu acreditas nessas patranhas das cartas?" ou "não sei, como com a tua inteligência (sublinhado) dás atenção a línguas viperinas". Assunto arrumado. Ou porque se faziam de parvas e engoliam a sapa para salvar o matrimónio, ou porque eram mesmo tansas e iam no blá blá do finório, mesmo que as facadinhas fossem dadas quase debaixo das suas saias.

 

Nos tempos actuais tudo pia mais fino. Quando o machão, menos cuidadoso, começa a dar um chega pra lá ou põe um travesseiro a dividir a cama, porque anda de barriga cheia ou porque já enjoou a refeição caseira, a legítima fica logo com a pulga atrás da orelha. E se agir com paciência, mais tarde ou mais cedo, acaba por apanhar o chuchão com a boca na botija. E se estiverem em causa autarcas mediáticos, as hipóteses aumentam exponencialmente. Só não sabe quem não quer saber, que estes cavalheiros, andam sempre artilhados com sofisticados telemóveis a disparar mensagens em todas as direcções. Basta a ofendida na sua exclusividade, dar uma olhadela na caixa do correio, para descobrir a marosca. Está lá preto no branco, entre mensagens para o empreiteiro e cunhas para emprego seguro: "meu amor" , "beijo homérico", "quando repetimos aquela noite fabulosa", "quando te livras da velha" ou se for mais para a poesia "benzinho, benzinho há noite vais ter o teu coelhinho" e outras dengosices mais ou menos vernáculas que um texto sério não reproduz.

 

O problema destes tempos é, que ao contrário do antigamente, mesmo que alguma dondoca, até por ser pra fentrex e não se importar de partilhar, queira limpar a folha do figurão, tem o caldo entornado. Está tudo registado no SMS e este não deixa mentir, nem fazer de conta que não se passa nada. Vai daí, ala moço, e partem para outra no recato da intimidade. A porra é quando são figuras públicas. Não há como fugir das narrativas que dia a dia vão alimentando a curiosidade do zé pagante que, ao menos, enquanto se enleia nestes novelos entre autarcas e jornalistas, esquece a traição que todos os dias lhe é preparada pela puta vida.

 

MG

 

 

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