Pornografia, mentiras e emails
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Como não sou membro de nenhum clube de puritanismo não me escandaliza a existência de bordéis. Existem para concretizar o negócio do sexo tão antigo como a humanidade. Existem para suprir necessidades de mercado no âmbito das relações sexuais. É um local onde alguém vende o que não lhe pertence. Em certo sentido, quando se vende um país a pataco, podemos entrar na área da pornografia política. Nessa perspectiva, Portugal assemelha-se a um bordel. Vejamos: a entrega da EDP a chineses num negócio pouco transparente, subtraindo importantes receitas para o Estado, não é pornografia? A cedência da ANA-Aeroportos um importante sector estratégico, a franceses,não é pornografia? A entrega de mão beijada do BPN a angolanos não é pornografia. A projectada venda dos CTT que contribuem, significativamente, com receitas para o erário público o que é se não pornografia? Quem vende o que não é seu, nem recebeu mandato para o fazer, não se coloca no papel de proxeneta?
Também não sou fundamentalista de verdades totais. Quem nunca disse uma mentirinha? Quem nunca usou a mentira piedosa? Contudo, se a falsidade é usada por uma alta funcionária do Estado para sacudir a água do capote para cima de quem a antecedeu, o que é? Mais, se falta à verdade, procurando esconder responsabilidades no prejuízo das finanças públicas em milhões, o que é? A lady "swapeira" disse na comissão de inquérito parlamentar, que não recebeu informação sobre o assunto do Governo anterior. Foi desmentida com base na documentação existente. Foi desmentida pelos emails que trocou com o director geral das finanças. Sabia e deixou correr o marfim. Mentiu com todos os dentes. Mentiu e continua a mentir, procurando tapar o Sol com a peneira. Acresce que a dama "swapeira" está metida até às orelhas no caso swap. Foi protagonista desses actos enquanto directora financeira da Refer. Com a maior cara de pau, assobia para o lado, com o apoio do Primeiro-ministro. É como a mulher perdoada do marido enganado! Reincide na mentira e é promovida. Isto não é pornografia política? Se não, o que chamar à dos bordéis?
MG