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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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23 Jul, 2013

A queda do Álvaro

O ministro Álvaro da Economia foi o cordeiro sacrificado do Governo. Verdade seja dita que

não se perde grande coisa. Foi um ministro sem Pasta porque a ditadura das Finanças tirou-lhe todo poder. Limitou-se a vegetar, a  fazer de conta. Ficará na história deste Governo como uma espécie de entertainer. Porque não acredito que a mudança de pessoas, sem a mudança de políticas, altere a situação, vou ter pena do ministro dito da economia. Muitas vezes me serviu de inspiração e por isso aqui lhe presto homenagem na sua despedida, com estes dois textos que em tempos escrevi.

 

 

Andava um país à toa

Pra poder sobreviver,

Quando uma trombeta soa

A dizer o que fazer.

Numa bandeja de prata

Com bela decoração,

Vai o pastel de nata

Pra uma nova expansão.

E pra coisa ter um fim

Perfeito como convém,

Casa a bola de Berlim

Com o pastel de Belém.

E quem foi o criador

De tanta sabedoria

Foi o grande professor

O Álvaro da economia.

 

 

Era o coiso, meu bem, era o coiso

Era a coisa que mais detestava

E o coiso, ai meu bem, e o coiso

Ai, meu bem, com a coisa, coisava.

 

Era o Álvaro, meu povo, era o Álvaro

Era o coiso que mais asneirava

E o Álvaro, meu povo, e o Álvaro

Com o coiso tão bem ministrava.

 

Ai, eu hei-de ir à Assembleia

Ver o coiso que está a coisar

Contra essa horrível coisa feia

Esse coiso que nos quer devorar!

 

Com a coisa faço uma coisinha

Para o coiso sempre a coisinhar

E a oposição ficar coisadinha

Para o coiso pudermos lixar.

 

Era o Álvaro, meu povo, era o coiso

Era a coisa que mais me pasmava

E o coiso, meu bem, o desemprego

Com a coisa coisou e coisava!

 

e o coiso que é o poder nem por morte, o Álvaro o deixava.

 

 

Cancioneiro Álvaro, pseudónimo de Álvaro dos Pastéis

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