Pirómanos-a mão que embala o fogo
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O governo Passos/Gaspar ou vice-versa tomou posse há dois anos. Ganhou as eleições montado em promessas de verbo fácil. Inviabilizou a solução proposta no PEC IV, que evitaria a entrada da troika em Portugal. Condicionado pela ocupação financeira externa de que era e é adepto fervoroso, apostou tudo na austeridade e no empobrecimento. Apostou e ganhou. Empobreceu o país com a redução dos rendimentos dos cidadãos, destruiu o mercado interno, conduziu milhares de empresas à falência, gerou milhares de desempregados. Teve êxito com a sua política de terra queimada a partir da qual depois tudo devia renascer das cinzas. A fome, o sofrimento, o desespero das pessoas pouco interessa.
Ainda não ardeu tudo, mas falta pouco. Era imprescindível apagar o fogo enquanto ainda resta alguma coisa para recomeçar. Mas não. Pelas últimas propostas o governo está disposto a queimar até ao fim. Persiste na mesma receita: austeridade, austeridade, austeridade. Pior, austeridade, condimentada com chantagem. A receita perfeita para amedrontar os cidadãos. Das duas uma, ou o povo se arvora em bombeiro corre com estes pirómanos institucionais ou se acomoda e quando acordar já não existe país. Tudo cinza. Nem uma fagulha restará para restaurar a esperança.
MG