Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

A Presidência da República é a mais alta magistratura da nação. Por essa razão o acesso a essa função devia obedecer a critérios extremamente rigorosos apesar de ter um carácter elegível. Dito de  outro modo, a candidatura ao cargo de Presidente devia obedecer ao preenchimento de requisitos prévios. Deste modo, o putativo candidato, tinha de passar por um crivo no qual fosse analisada a sua craveira intelectual, a sua condição de cidadão acima de qualquer suspeita, ter demonstrado ser portador de um imaculado bom senso, ter na sua actuação revelado alta estatura moral, ser capaz de se colocar acima de todos os interesses existentes. Tendo sido aplicados estes critérios, não teríamos no palácio cor de rosa o seu actual inquilino.

 

O cidadão Aníbal não preenche um único dos requisitos referidos. Nunca demonstrou na sua vida pública, possuir craveira intelectual, antes pelo contrário. Veja-se o seu comportamento, por exemplo, no que diz respeito ao Nobel da literatura, josé Saramago, por acaso cidadão nacional. Analise-se a sua actividade no escandaloso caso BPN. Recrie-se a sua acção política, enquanto Presidente. Recordo alguns momentos: a colaboração estratégica do primeiro mandato, visando garantir o segundo; A atitude revanchista para com os adversários, após a segunda eleição; a deslealdade para com o governo em funções na tomada de posse do segundo mandato; o alinhamento com o PSD e com a coligação negativa reunida para derrubar Sócrates, fazendo coro com a demagogia que considerava este responsável por toda a situação de Portugal, quase desde a fundação; o apoio sem reservas a um governo que não respeita os direitos dos cidadãos e que está a destruir o país.

 

O cidadão Aníbal, Presidente eleito por alguns portugueses, tem mostrado ao longo deste  mandato, o seu verdadeiro carácter: mesquinho, vingativo, intelectualmente limitado, contraditório nas ideias e na acção, pondo acima do interesse geral os interesses partidários que representa. Nunca  foi e cada vez menos é o Presidente de todos os portugueses. Só quem tenha andado muito distraído ou seja cínico, é que se pode admirar com o último discurso presidencial. É uma prédica recorrente algumas vezes encoberta por um espesso nevoeiro de cínico calculismo.

 

Tirando o facto de os mandatos presidenciais serem limitados, apetece perguntar: o que ganhámos em poder eleger um Presidente? Que vantagens trouxe em relação à monarquia? Se não existem condições para eleger, para este importante cargo, o melhor cidadão, mas aquele que seja rebocado pelo melhor carro partidário, o que adianta ter ou não ter uma República? Corremos sempre o risco de ter como supremo magistrado um qualquer imbecil, um chico-esperto ou um ditadorzito a fazer de democrata.

2 comentários

Comentar post