Carta armadilhada
Todas as evidências comprovam que governo português não joga com o baralho todo. É um baralho com muitos duques e sem um único ás. Tem apenas um rei de copas mas que não reina. Quem reina, de verdade, é um Joker infiltrado no baralho, como um cavalo de Trói(k)a, que passa o tempo a dar cheque ao rei. Também tem um cavaleiro de pau andante que raramente pára no mesmo sítio, isto é, tanto está fora como está dentro do baralho. Enquanto anda na sua missão de agente duplo, faz bluff com a sua aliada dama de ouros, uma espécie de deusa mãe pré-histórica, ligada ao culto da terra. Há ainda uma manilha de espadas armada em justiceira impoluta. Depois restam ternos, apenas para dar volume, mas sem qualquer valor na pontuação. É um baralho de cartas viciadas. Alimenta um jogo de batoteiros que jogam poker com o dinheiro dos outros. A batota continua, descarada, mesmo debaixo do olhar de um sherif estrábico. Mas para que o jogo tenha êxito precisam de uma novo parceiro. A carta armadilhada já seguiu para endereço Seguro. E tem um falso remetente: um Joker disfarçado de rei. Cuidado!