Requiem pelo Estado de Direito
Na caminhada da humanidade para um mundo mais justo, o estabelecimento do Estado de Direito é um passo de gigante. Estabelece regras comuns a todos os cidadãos, considerados iguais perante a lei. O contrato, entre o estado e a sociedade, firma-se como uma relação dialéctica contra abusos.
Este contrato influencia e baliza as relações juridicas em todos os níveis sociais. É nesse sentido que se pautam também as relações dos cidadãos com a Banca. O cliente entrega o seu dinheiro a uma instituição bancária em troca de um juro estabelecido e da sua segurança. Quando se desrespeitam as normas estabelecidas, pôe-se em causa o Estado de Direito.
O que se está a passar em Chipre, vem ao arrepio das normas de um Estado sob o primado da lei. Tirar aos depositantes uma percentagem do seu capital é roubo. E quando é efectuado pela superstrutura política da União Europeia, é um esbulho institucionalizado. A partir daqui, o Estado de Direito está ferido de morte. Tudo o que pensemos e não pensemos pode vir a seguir.
Estamos sob o domínio de um poder fora da lei. Estamos a ser dirigidos por uma inconsciência sem limites e que raia a loucura. Das duas uma: ou estes loucos são presos e/ou internados ou isto vai acabar muito mal.
MG