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Nação valente, ao sul

Odeleite Cabeça do dragão azul

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14 Ago, 2016

Trancas à porta

Para além dos jogos olímpicos o grande assunto do início deste Agosto quente é a praga dos incêndios. As chamas a consumir bens rivalizaram com os jogos, enquanto espectáculo televisivo. É pena que neste meio de comunicação não se consiga distinguir notícia de reality show.

Os incêndios florestais são um acontecimento praticamente inevitável, na sua totalidade, quando as condições atmosféricas assim o permitem. Daí que verão após verão regressam com mais ou menos agressividade de acordo com as circunstâncias físicas e humanas. Está provado que para além da negligência, os fogos são iniciados por mão criminosa.

E com as chamas regressa todos os anos a nova velha discussão. O que está a falhar: a prevenção ou o combate ao incêndio? E ouvem-se recorrentemente sempre os mesmos argumentos: que é da falta de ordenamento florestal, que é da falta de vigilância e de prevenção, que é da falta de meios. Talvez seja um pouco de tudo. Estudos e mais estudos. Passa a estação de risco e cai um silêncio de chumbo sobre o assunto, até que a tragédia regresse.

Trancas à porta depois da casa arrombada é a máxima que se aplica ao problema. É necessário inverter o procedimento.É preciso pôr as trancas antes do assalto. O diagnóstico está feito. É hora de passar à terapêutica. Passado à época propícia aos fogos não se pode voltar a dormir a sono solto. Tomar medidas para reordenar a floresta é fundamental. Criar estruturas para prevenir é prioritário. Não se pode evitar completamente o fenómeno, mas pode-se minimizar e muito.

Mais discussões estéreis, mais passa culpas, procurando tirar dividendos políticos, é condenável. Acção e unidade nacional na resolução desta calamidade é um acto patriótico.